Faixa de isenção sobe para R$ 2.428,80 e desconto-padrão de R$ 607,20 garante alívio fiscal a milhões de brasileiros
Começa a valer neste mês de maio a nova tabela do Imposto de Renda 2025, que amplia a faixa de isenção e proporciona desconto especial para trabalhadores, aposentados e pensionistas. A medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março garante isenção para quem recebe até dois salários mínimos, o que representa hoje R$ 2.824.
Com o novo reajuste de 7,51%, a faixa de isenção passou de R$ 2.259,20 para R$ 2.428,80, e será acompanhada de um desconto simplificado de R$ 607,20 aplicado diretamente na fonte.
“A medida garante justiça fiscal e cumpre parte do compromisso de campanha de aliviar a carga tributária sobre os brasileiros de baixa renda”, afirmou a equipe econômica.
📊 Nova tabela do IR 2025
Base de Cálculo (R$) — Alíquota (%) — Parcela a Deduzir do IR (R$):
- Até R$ 2.428,80 — 0% — R$ 0
- De R$ 2.428,81 até R$ 2.826,65 — 7,5% — R$ 182,16
- De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 — 15% — R$ 394,16
- De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 — 22,5% — R$ 675,49
- Acima de R$ 4.664,68 — 27,5% — R$ 908,73
👥 Quem fica isento:
- Trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos com renda bruta de até R$ 3.036, considerando o desconto-padrão;
- Aposentados e pensionistas do INSS e de regimes próprios de previdência social que recebam até dois salários mínimos.
📉 Alívio fiscal e projeções futuras
O governo projeta que mais de 15,8 milhões de brasileiros já deixaram de pagar IR em 2024 por conta das atualizações anteriores. Com a nova tabela, espera-se um impacto positivo para mais de 35 milhões de contribuintes com rendimentos até R$ 7.000, segundo dados da Receita Federal.
A tabela do IR ficou congelada entre 2016 e 2023. Desde então, o governo tem adotado atualizações progressivas, com reajustes na faixa de isenção e descontos mensais automáticos.
📝 O que está em tramitação no Congresso:
- Projeto que amplia a isenção para quem ganha até R$ 5.000 ainda aguarda aprovação legislativa;
- Proposta prevê taxação de lucros e dividendos acima de R$ 600 mil ao ano com alíquota mínima de 10% para compensar a perda de arrecadação.