O primeiro ano do Gepar (Grupo de Professores Alfabetizadores) da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande, promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), teve encerramento na noite de terça-feira (12), com apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos docentes em sala de aula, com alunos dos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental.
Durante os encontros mensais que aconteceram no horário de planejamento dos professores alfabetizadores, além da parte teórica, foi trabalhado a prática, com trocas de ideias. Assim, os docentes desenvolveram em sala de aula vários trabalhos com os alunos, sendo um deles, a produção de texto coletivo.
De acordo com a superintendente de Políticas Educacionais, Ana Cristina Dorsa, o Gepar teve objetivo de disparar nos professores a alfabetização. “Os professores, nos seus horários de planejamento, vinham aos encontros e promoviam estudos por meio de leituras, discussões de textos. Então, ao longo do ano, houveram encontros formativos nos quais os técnicos e professores foram os protagonistas”.
A superintendente afirmou ainda que o Gepar será mantido em 2024. “A Suped (Superintendência de Políticas Educacionais) tem como uma das suas atribuições manter o grupo de estudos, porque já não é mais uma vontade apenas da Superintendência, mas dos próprios professores”.
Segundo a gerente do Ensino Fundamental e Médio da Semed, Ana Ribas, aproximadamente 500 professores participaram das reuniões ao longo do ano letivo. “Sempre tivemos foco na socialização, na valorização dos saberes da docência. Além disso, anunciamos o e-book que será lançado no próximo ano. A ideia é publicar o que os professores realizam na sala de aula por meio da escrita”.

Ana diz ainda que os professores alfabetizadores poderão ser autores do 1º e-book do Gepar. “Podemos atingir os professores de todo o Brasil, porque nossos professores têm esse potencial. Essa é a ideia do e-book”.
Uma das elaboradoras do Grupo de Estudos, a técnica da Defen (Divisão do Ensino Fundamental e Médio), Marli de Oliveira Orlando Bassotto, contou que no início, o Gepar foi pensado em um grupo pequeno para os professores que estivessem com alguma dificuldade na alfabetização com os alunos. “Mas, tomou uma proporção, cresceu e se transformou nesse grupo maravilhoso e que foi muito bem aceito”.
O encerramento contou ainda com a palestra da Professora Doutora em Educação, Regina Aparecida Marques de Souza. “Minha palestra tem foco no que é o grupo de estudos e como é importante ter a articulação com a prática. Não basta pensar se instrumentalizar teoricamente sem a prática, essa articulação organizada foi perfeita. Não conheço outro grupo de estudos numa rede municipal com essa perspectiva de estudar e focar o olhar na prática com os alunos, com objetivo de cada vez mais as crianças serem produtoras de textos e leitoras”.
A professora Eva Vilma Souza Barbosa, das escolas Abel Freire e Valdete Rosa, só tem elogios. “O Gepar foi um grupo de estudos diferente para mim, porque acolheu as professoras com toda sua humanidade. Às vezes, têm formações que acabam nos olhando como máquinas de dar aula e eu achei que o grande diferencial do Gepar foi olhar para o professor com humanidade”.

Professora do 1º ano da Escola Municipal Irene Szukala, Rosângela Fernandes Gomes do Nascimento, disse que o Gepar foi um grupo de estudos que contribuiu muito. “O grupo atendeu o desejo de vários professores, essa troca é importante entre os pares. Foi um crescimento muito bom, um momento ímpar para nossa profissão”.
Joicy Natali Rodrigues Franco foi quem elaborou a produção de texto coletivo com os alunos do 1º ano, na Escola Maestro João Corrêa Ribeiro. “O Gepar foi perfeito, porque contribuiu muito para nossa prática dentro da sala de aula, no processo de alfabetização das crianças que entram no primeiro ano, que é quando eles começam a ter contato com letras e números. O trabalho no Gepar ainda mostrou formas de trabalhar em grupos, grupos diferenciados”.
