A Prefeitura de Campo Grande lança campanha “Meu Bairro Limpo – Todos em Ação contra a Dengue”. A abertura está prevista para acontecer às 08h na E.M. Professora Leire Pimentel de Carvalho Corrêa, Colibri II.
Até o próximo dia 15 de março, agentes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), e demais apoiadores, estarão mobilizados no trabalho de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti na região do Anhanduizinho. Os servidores irão fazer a inspeção de casas e terrenos baldios, além do recolhimento e eliminação de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito e orientação dos moradores em relação às medidas de prevenção.
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, reforça que é necessário o apoio da população para uma maior efetividade no combate às doenças transmitidas pelo mosquito.
“ É extremamente importante a colaboração de todos para que a gente consiga vencer o combate contra o mosquito. Se cada um contribuir, certamente teremos maior sucesso neste trabalho”, enfatiza.
Algumas medidas simples, como manter caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros tampados podem evitar a proliferação do mosquito e, consequentemente, reduzir o número de casos de dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
A secretária lembra que um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo.
“Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes. Furar o fundo das latas e, se possível, amassar; tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado; enviar sacos plásticos para reciclagem; amassar copos descartáveis; e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água”, complementa.
Pontos de coleta
Durante a ação, dois pontos de coleta de materiais inservíveis estarão sendo disponibilizados à população. O coordenador da CCEV, Vagner Ricardo Santos, explica que nos locais os moradores poderão descartar materiais de grande volume, como móveis inutilizados, carcaça de eletrodomésticos e eletrônicos, pneus e outros objetos que possam acumular água. Não é permitido o descarte de entulhos, restos de materiais de construção e podas de árvores.
“O objetivo é oportunizar que o morador faça o descarte adequado destes tipos de material que muitas vezes está armazenado no fundo do quintal sendo passível de acumular água e servir de criadouro para o mosquito”, diz. O recolhimento dos materiais conta com o apoio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Sisep).
Locais:
Rua Tumbergia, entre as ruas Prímula e Gerbera – Aero Rancho
Rua Francisco Águiar Pimenta, entre as ruas Júlia Pereira de Souza e Waldemar Writh – Jardim Monumento
Ações permanentes
Desde novembro do ano passado, as equipes da Sesau vêm intensificando as medidas de prevenção e controle do vetor da dengue, previstas no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.
A Sesau também tem reforçado as ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos (Zona Rural) de Campo Grande, para orientar a população sobre as medidas para a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tais iniciativas também são reforçadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.
Casos
Do dia 01 de janeiro a 28 de fevereiro deste ano, foram notificados 2.310 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika e apenas duas notificações por chikungunya. Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2.023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.
A Capital fechou o segundo semestre do ano passado apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.
O Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em janeiro deste ano, detectou três bairros com risco de infestação do mosquito, outros 42 estão em situação de alerta e em 28 a situação é considerada satisfatória. O levantamento completo está disponível para download no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/sec-downloads/liraa-janeiro-2024/.
Em Mato Grosso do Sul, quatro cidades aparecem com alta incidência dos casos prováveis da doença, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Campo Grande é a cidade que apresenta o menor índice entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. No país, municípios como Rio de Janeiro (RJ), por exemplo, já enfrentam números alarmantes da doença.