A quem escutar na crise?

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O termo pânico surgiu do deus grego Pã que era temido por aqueles que tinham que atravessar as florestas à noite, pelo medo de serem surpreendidos por ele.

O tempo passou e surgiu o termo epidemia para designar doença em determinada região, que em escala global chama-se pandemia.

A histórica registrou as seguintes: a peste do Egito (430 a.C.); a peste Antonina (165-180); a peste de Cipriano (250-271); a peste de Justiniano (541); a peste Negra (1300); a gripe Espanhola (1918-1920); a Gripe Suína (2009-2010), e a pandemia da Covid-19 (2019).

Tais pestes vitimaram milhões de pessoas e liquidaram com reis e até impérios.

A história comprova que os poderosos sempre negaram as crises, diziam não se tratar de algo grave, tentavam reduzir seus efeitos para atrair seguidores dessa negação.

O que dizer dos mais de quinhentos mil mortos no Brasil que, segundo projeções científicas, pode chegar a um milhão?

A perda de vidas não pode ser negada.

Por outro lado, os termos impeachment e crimes de responsabilidade despareceram do vocabulário do Congresso Nacional. As emendas parlamentares bilionárias distribuídas pelo Poder Executivo federal aos deputados federais e aos senadores aliados garantiram esse silêncio.

Políticos experientes afirmam que o povo tem memória curta e sempre se esquece das tragédias ou malfeitos.

Será?

Mas quem afinal pode dar uma resposta para tamanha crise na história brasileira?

O romancista norte-americano Half Helisson no livro Homem Invisível, tem a resposta: “Na crise quem diz a verdade são os mortos.”

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