A síndrome da memória curta

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Precisamos exercitar constantemente o nosso cérebro, não apenas os
mais idosos, pois, os jovens também têm se mostrado esquecidos quando
o assunto tratado são os candidatos ao pleito eleitoral, realizados a cada
dois anos. E quando perguntamos, em qual candidato a vereador você
votou na última eleição, com raras exceções eles se lembram. Este ano de
2022, deverá ocorrer as eleições majoritárias, onde o povo escolherá o
futuro Presidente da República e seu vice, os Governadores, os Senadores
e os Deputados federais e Estaduais.

Por mais incrível que pareça, e com muita frequência, nos deparamos com
pessoas totalmente desligadas com um assunto da maior importância pa-
ra o país e para a população. São pessoas que enchem o peito de orgulho
para declarar que não gostam de política nem dos políticos, dizem que
não devem nada à eles, e, muito menos dependem deles. Se eu não traba-
lhar, quem vai sustentar minha família? Mas, se perguntarmos à um cida-
dão como esse, se ele não paga impostos, a resposta está na ponta da lín-
gua: você acha que com o salário que ganho vou pagar imposto?

Existe no meio da comunidade, aqueles cidadãos que já está codificado
como “analfabetos funcionais”, ele pode até ler um texto sem gaguejar,
mas, não consegue entender entender a mensagem, seu cérebro está
condicionado a uma pequena rotina. Sua massa cinzenta deve ocupar 10%
da capacidade cerebral, outros 90% ociosa, com o tempo foi tomada por
uma substância fétida e de cor indefinida, portanto, inservível para a tare-
fa do exercício do pensamento.

Todo esse manancial de ignorância se transforma em hereditariedade, eis
que todo filho, tem na figura do pai, o seu herói. No aconchego do lar,
após um dia de trabalho pesado, na TV. aparece o anúncio institucional do
Tribunal Superior Eleitoral – “O Horário Eleitoral Gratuito”. Era o que fal-
tava, aos berros o homem brada: mulher, desliga essa porcaria porque eu
não vou ficar assistindo essas baboseiras. Bando de mentirosos falando
besteiras o tempo todo, assim eu não aguento.

O sistema democrático de governo, nasceu na Grécia Antiga, onde havia
uma escola destinada ao ensinamento da administração pública, portanto
para que um cidadão pudesse concorrer a um cargo público eletivo, tinha
que ser portador de um diploma que o qualificasse para tal função. Por
isso mesmo, o país investia em educação, para melhorar cada vez mais, a
formação profissional da população, que serviu de exemplo para o Mundo
em uma época de visível transformações sociais.

Ao que tudo indica, no Hemisfério Sul, a começar pelos usos e costumes,
não poderemos prenunciar uma melhoria na qualidade dos candidatos, e,
muito menos dos eleitores que, três meses após as eleições, ele nem sabe
o nome dos candidatos nos quais votaram, e que deverão gerir todos re-
cursos arrecadados pelos impostos que estão contidos no preço do pão,
do leite, da carne, da energia, da água, das tarifas de transportes etc… e
assim, vamos passando de geração em geração, nos mesmos modos das
Capitanias Hereditárias no início da colonização Portuguesa.

BENEDITO RODRIGUES DA COSTA
Economista

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