Agora a Nasa Vem! Conheça o protesto de barracas de Campo Grande

Reprodução

Os servidores públicos municipais de Campo Grande da área de enfermagem criaram uma nova modalidade de protesto. Trata-se da manifestação com “barracas vazias” montadas em frente da prefeitura.

Dia sim e outro também é possível verificar um monte de barracas de acampamento montadas no canteiro central da Avenida Afonso Pena, porém, se algum transeunte mais atento resolve parar para verificar se há algum “manifestante” dentro, não encontra ninguém.

Essa forma “inovadora” de protestar contra o Poder Público lembra um pouco uma tradição de várias cidades baianas, onde os moradores marcam o local nas filas dos postos de saúde ou demais repartições públicas, deixando apenas o chinelo de dedo atrás um do outro.

No entanto, os manifestantes campo-grandenses resolveram aprimorar a ideia e, em várias situações, a ordem é montar barracas em frente aos órgãos públicos para protestar, não sendo exclusividade apenas dos servidores da área de saúde.

A ideia também pode ter sido inspirada nos movimentos de trabalhadores rurais sem-terra, que montam seus barracos às margens das rodovias de Mato Grosso do Sul e só aparecem nelas uma vez por semana para ver se ainda está de pé, ou quando tem distribuição de cestas básicas pelas entidades assistenciais, ou ainda quando alguma autoridade graúda vai passar pelo local.

O curioso é que os “protestos só de barracas” ganhou força e deixou de ser apenas dos trabalhadores rurais sem-terra, passando a ser também marca registrada do funcionalismo público sul-mato-grossense, seja municipal, estadual e até federal.

Após as eleições de 2022 e início do ano passado, até os bolsonaristas aderiram à nova forma de protestar e montaram barracas em frente aos quartéis em várias cidades do Brasil. Tirando algumas dezenas, muitos só apareciam lá para tomar o café da manhã, comer um lanche, almoçar ou na hora do churrasco.

Se a moda pega nos outros estados brasileiros, veremos uma infinidade de protestos de barracas vazias e o lado positivo, além do lucro dos donos de materiais de camping, é que não teremos manifestações violentas, pois barracas não atacam as forças de segurança e nem sentem dor quando enfrentam a tropa de choque.

Se os brasileiros continuarem inovando assim, logo teremos visitas dos cientistas da Nasa.

Agora a Nasa vem!!!

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