A importância da autocompaixão nesse momento de pandemia – como lidar com aquilo que não controlamos na vida?

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O cenário atual realmente é muito desafiador, a covid-19 vem dando um “chacoalhão” no mundo e em nossas vidas como um todo, afetando famílias, saúde, financeiro e por aí vai…

A vida muitas vezes não irá atender nossas expectativas e como fazer quando a vida nos diz um NÃO?

Para esses momentos difíceis, imprevisíveis, incertos, inusitados e que muitas vezes nos sentimos tão impotentes, nada melhor do que aprender a praticar e a desenvolver a nossa capacidade de autocompaixão.

E você deve estar se perguntando: o que é autocompaixão?
Antes de colocar aqui o que é, é muito importante saber que o não é, pois, autocompaixão não tem nada a ver com autopiedade, resignação, autoindulgência ou vitimismo.

Autocompaixão é: aprender a olhar para dentro, abrir um espaço para nos conhecermos, nos cuidarmos e dar importância a tudo que acontece conosco; aprender a praticar a aceitação e desenvolvermos a capacidade de ser menos críticos e mais tolerantes conosco e com as pessoas e situações; é sermos mais compassivos conosco e com os outros.

E por que para algumas pessoas é tão difícil praticar a autocompaixão?

Nós vivemos em uma cultura que incentiva muito a competição e a autoestima, e isto em equilíbrio também é bom. O problema surge quando as perdas e os fracassos se apresentam em nossa vida, quem daqui que nunca passou por situações perdas de pessoas queridas e relacionamentos, algum fracasso profissional? E se não nos trabalhamos internamente, será muito difícil lidar com os NÃOS da vida e nos sustentarmos diante das adversidades e do inesperado.

Segundo Kristin Neff, referência mundial neste tema, existem 3 pilares para a autocompaixão: atenção plena – estar atento ao que está acontecendo, encarar e reconhecer o momento do sofrimento; humanidade compartilhada – lembrar que o sofrimento é parte da vida e faz parte da humanidade; bondade e gentileza por si – aprendermos a ter bondade e gentileza amorosa conosco e nos tornarmos os nossos melhores amigos.

A prática da autocompaixão pode ser feita por meio da meditação, mindfullness e também através de pequenas ações práticas de bondade e gentileza amorosa conosco, por exemplo, abrir um espaço na nossa vida para escutar aquela música predileta, ter um tempinho para cuidar das plantas, fazer pausas… enfim, praticar tudo aquilo que nos nutra e faça bem à nossa alma.

Desenvolver esta capacidade de autocompaixão nos leva a um fortalecimento interno, a ter mais paciência conosco, com os outros e as situações e aprender a confiar mais na vida, afinal, a vida é um milagre e se renova todos os dias! E é nesta confiança que novas possiblidades surgirão para criarmos um novo jeito, um novo olhar e novas oportunidades.

Ana Paula Batistute

Consultora de Desenvolvimento Humano e Organizacional

Especialista em Comunicação Não-Violenta

www.icfbrasil.org/icf/codigo-de-etica

(67) 9 9963-4160

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