Bolsonaro: o mito pode virar mico?

ROSE MODESTO: A aprovação de seu projeto é manchete nacional.
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A PERGUNTA: O PSDB seria o PT de gravata?  Quem concorda, se reporta aos dois partidos juntos na ‘Diretas já” e aos pontos em comum nas gestões de Fernando H. Cardoso (PSDB) e Lula (PT). E mais; FHC elogiou e teve atitudes de apoio a Lula  em algumas  situações. E ultimamente  – FHC vem fazendo críticas ao atual Governo Federal.

OS DISCORDANTES lembram que FHC fora o maior antagonista do PT em 1994 e 2014 e que no comparativo da atuação de ambos os partidos – a Social Democracia tucana inspirada no pensamento do sociólogo alemão Max Weber – é muito diferente da linha ideológica petista que se posta bem mais à esquerda.

O ENCONTRO   recente de FHC e Lula mexeu com o protagonismo da eleição de 2022. Se os petistas comemoram, os tucanos lamentam, os bolsonaristas se irritam. Os tucanos juram; o PT não será a opção, e que isso poderia ajudar a derrotar Bolsonaro mas não ajudaria o PSDB que planeja até liderar uma frente ampla.

COSTURAS: Antes de FHC, Lula esteve com o ex-presidente Sarney (MDB), Gilberto Kassab (PSD), Rodrigo Maia (PSDB) e Eunício de Oliveira (MDB). Ele quer atrair  alguém do centro para vice tipo José de Alencar em 2002 (PL). O deputado Aécio Neves, os governadores João Dória (SP) e Eduardo Leite do RS. criticaram o encontro e prometem reagir. 

NO DIVÃ:  O PSDB em crise a partir do ‘ninho’ paulista. As articulações de Dória excluem o ex-governador Alckmin, que pode deixar a sigla. O apoio de FHC ao nome de Eduardo Leite para o Planalto não é unanimidade. Essa fragmentação gera incertezas e passa imagem de partido desunido com lideranças passíveis de cooptação.

DESAFIOS: Conseguirá o PSDB atrair outros partidos e lideranças descomprometidas com os 2 polos (direita e esquerda) da disputa? O êxito dependeria da economia ou da  questão sanitária apenas?  Qual o discurso para seduzir, convencer o eleitor insatisfeito com o atual governo e que discorda do eventual do retorno do PT ao poder?

BOLSONARO:  Até boa parte de quem o escolheu já critica sua postura ‘irreverente’ em eventos públicos.  No início imitou a atitude de Donald Trump  minimizando com ironia os perigos da Covid-19 – mas depois não fez a reflexão admitindo o equívoco e mudando a opinião. Os sinais reprovadores já aparecem nas pesquisas nas eleitorais.

ROSE MODESTO: A aprovação de seu projeto é manchete nacional. O feminicídio deixa de ser só uma agravante e terá tipificação própria no Código Penal. Aumenta a pena de 12 para 15 anos, reflete na Lei de Execução Penal, acabando com a criticada ‘saidinha’ dos assassinos. Resta a aprovação do Senado para a Presidente Bolsonaro sancionar.  

VOTO IMPRESSO: Além do custo (R$3 bilhões) , haveria  outros desafios: projetar equipamentos, abrir concorrência e treinar o pessoal. E a lei diz que as regras eleitorais precisam estar definidas um ano antes do pleito. Aí temos pouco mais de 4 meses para sua aprovação e cumprir outros trâmites. Neste mundo cada vez mais digital o voto impresso não seria utopia?

NO FIO DA NAVALHA: Prefeitos e governadores na difícil missão de conciliar os interesses econômicos com os desafios da saúde. Uma sinuca de bico. Queremos ficar  vivos, mas levando a vida de antes do Covid. Esse dilema é universal. Mas para tentar recuperar o patrimônio ou emprego é preciso sobreviver. O que vale é a vida!  Pense bem nisso!

BRASIL: De seus 400 milhões de hectares agricultáveis só utiliza 62 milhões. Fora a Amazônia e outras áreas vetadas, temos mais terras agricultáveis do que a Rússia e os ‘States’ juntos. Temos mais água renovável do que a Ásia (4 bilhões de pessoas). Dos 10 maiores aquíferos subterrâneos, os 2 maiores estão aqui. Dados que atestam o potencial econômico brasileiro.

PILULAS  DIGITAIS:

Os mortos não passeiam de moto. (na internet)

Será que existe um túnel no fim da luz? (Carlos Castelo)

A vida não pode ser economizada para amanhã. (Rubem Alves)

O melhor dos bens é o que não se possui. (Machado de Assis)

Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo após da tua morte, ele permaneça. (Leonardo da Vinci)

O nosso cotidiano é uma sucessão de poses. (Nelson Rodrigues)

O Brasil não tem carga tributária, tem descarga. (Carlos Castelo)

A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo. ( F. Nietzsche)

A imprensa é muito séria. Se pagar eles publicam até a verdade. ( Juca Chaves)

Em uma coisa os bêbados e os geógrafos tem razão: a Terra gira. ( Jô Soares)

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