‘Brasil é o epicentro da doença, é muito triste’, diz infectologista

Infectologista comentou o recorde de mortes em decorrência da Covid-19 no país e defendeu agilidade no processo de vacinação
Reprodução

O infectologista David Uip afirmou, em entrevista à CNN na noite desta quarta-feira (10), que, embora vários estados adotem medidas restritivas para tentar conter o avanço da Covid-19, um lockdown nacional não é viável apenas com ações de prefeitos e governadores.

Segundo o especialista, em meio ao número recorde de mortes no país em decorrência da doença, gestores precisam agir para conter o avanço do novo coronavírus, mas a população também precisa fazer a sua parte.

“As mortes que ocorreram de ontem para hoje refletem o que ocorreu há mais ou menos três semanas. Cabe ao gestor público buscar novos leitos de UTI, mas cabe à população fazer sua parte”, afirmou Uip. 

“O Brasil é o epicentro da doença, é muito triste”

David Uip, infectologista


Uip defendeu que a vacinação deve ocorrer mais rapidamente no país, para frear os índices da doença. “Deveríamos estar vacinando de 8 a 10 vezes mais que atualmente. O Brasil tem competência para isso, vacinamos todos os anos 80 milhões de pessoas contra o vírus da gripe. Entendo que nesse momento deveríamos estar vacinando todos acima de 60 anos”, disse o infectologista.

O especialista também analisou a possibilidade de um lockdown nacional e afirmou que, para que a medida funcione, é necessário coordenação do governo federal.

“Um lockdown nacional é difícil, o Brasil é um país heterogêneo, com inúmeras dificuldades. Inimaginável um lockdown nacional sem decisão do governo central, do Ministério da Saúde. Sem isso é improvável que se consiga fazer”, afirmou.

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