Chefe de gabinete de Contar usa termo ‘falso’ para golpe em loja de vinhos, diz vítima

Reprodução

O chefe de gabinete do deputado estadual e candidato ao Governo do MS, Capitão Contar, do PRTB, Rogers Valério, é acusado de falsificar um termo de confissão de dívida, contra um sócio, em Campo Grande. A vítima luta contra o suspeito em ação judicial. 

Conforme o processo, Rogers e o empresário Daniel Gomes do Nascimento, criaram e administravam juntos a empresa Insólito. Por meio desta empresa, iriam operar uma outra, a Ricon Produtos em Geral LTDA, que seria a controladora do restaurante Grand Cru, em área nobre da cidade. 

Daniel e Rogers administravam juntos as empresas, com divisão clara de tarefas entre os dois. Apesar de atribuições diferentes, ambos tinham acesso a todas as movimentações financeiras dos estabelecimentos, como créditos, despesas, vendas e compras. 

Na Justiça, Daniel foi acusado de calote, falta de transparência e má-gestão dos empreendimentos. O chefe de gabinete de Contar cita que o empresário comprou R$ 500 mil em garrafas de vinhos. No entanto, Daniel inseriu no processo, e-mails e outros registros que mostram que os pedidos foram feitos pelo próprio chefe de gabinete. O processo tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul com número 0821383-27.2019.8.12.0001.

GOLPE

No processo, Daniel lamenta que assinou um documento – de forma apressada e fora de seu estado normal de discernimento – crendo que seria uma simples transferência de estoque das empresas. No entanto, depois, percebeu que o termo em questão era uma confissão de dívida, que teria sido usada por Rogers, diz ele, justamente para cobrir rombo de compras grandiosas, como os 500 mil reais em vinhos. 

”Com efeito, [Daniel] jamais deteve interesse em promover a transferência de sua parte da empresa Insólito, sendo levado a erro quando da assinatura do termo de confissão de dívida, em momento de lastra debilidade psicológica, o que deu ensejo ao ajuizamento de ação anulatória especificada”, diz trecho do processo. 

Daniel, segue o texto do processo, que também era sommelier da casa, foi expulso do controle da Grand Cru. Ele relembra que chegou a ir até o restaurante prestar contas de suas ações na empresa, mas foi expulso em uma ocasião e em outra encontrou as portas fechadas. 

As duas partes já se manifestaram no processo. Houve tentativa de audiência de conciliação, mas um dos envolvidos não compareceu. 

O espaço está aberto a manifestão dos citados. 

ILEGAL

O trabalho de Rogers já foi alvo de questionamentos, inclusive por parte do Ministério Público do MS. Como servidor comissionado, não poderia ter participação em empresas e teria de se dedicar exclusivamente ao trabalho na Assembleia Legislativa. 

À época dos fatos, a defesa do chefe de gabinete alegou que, quando ele entrou para o cargo público, já não geria mais nenhuma empresa. 

Fonte: Top Mídia News

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