O diretor do Instituto Ranking Antonio Ueno ficou surpreso que a pesquisa encomendada pelo site Diário MS News e registrada no TSE sob o nº MS-00344/2024 tenha ido ao ar no canal CNN Brasil sem os devidos créditos determinados pela Justiça Eleitoral. “A CNN colocou no ar o levantamento da Ranking como parte de um suposto ‘agregador de pesquisa desenvolvido pelo Ipespe Analítica’, que seria um algoritmo que projeta a intenção de voto para prefeito a partir de levantamentos feitos por diversos institutos e não apenas somando números para obter uma média”, explicou.
No entanto, de acordo com o diretor do Grupo Ranking, isso não isenta a CNN Brasil de cumprir a legislação eleitoral, citando quem realizou a pesquisa e o número de registro. “A legislação eleitoral é muito clara quanto a isso, ou seja, é preciso informar quem realizou, número do registro, quem contratou, margem de erro, número de entrevistas e o período em que foi feita”, comentou.
Antonio Ueno reforçou que esse tal de “agregador” não existe na legislação eleitoral vigente, e que sair divulgando resultados de pesquisas realizadas por diversos institutos pelo Brasil afora sem dar os devidos créditos é crime. “Se a CNN agregou estes números, ela tirou de algum lugar, e em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a única empresa a registrar pesquisas, foi o Instituto Ranking, não tem outras empresas que registraram pesquisas aqui. Já informamos a direção da CNN Brasil para que tome as devidas providências”, informou.
O canal de televisão, informa que a metodologia leva em conta, por exemplo, o período em que as entrevistas com eleitores foram feitas – quanto mais recentes, por exemplo, maior o peso no cálculo –, assim como o histórico dos institutos e tamanho da amostra, porém, no caso do levantamento realizado pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência, não foi citado nem se quer o número do registro da pesquisa.
“Na verdade, a CNN Brasil está usando este tal de agregador de pesquisa desenvolvido pelo Ipespe Analítica, para confundir a legislação eleitoral e reduzir seus custos”, finalizou Ueno.
Nota: a reportagem entrou em contato com a CNN Brasil e a IPESPE, mas, até o fechamento desta matéria, não tivemos respostas.
Matéria da CNN brasil:
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