Com destaque na geração de emprego, Campo Grande inicia 2024 em plena expansão

Reprodução/Vinicius Bacarin

Graças aos projetos aprovados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codecon), que preveem injetar R$ 168.335.586,19 na economia e gerar 1.203 vagas de trabalho, Campo Grande terminou 2023 com pleno emprego, ou seja, estão sobrando postos de trabalho na economia local, e já iniciou 2024 com ofertas semanais de colocação no mercado acima de 1.000 vagas.

Além dos projetos já aprovados pelo Codecon, ainda há em análise outros 36 projetos de grandes empresas que pretendem implementar ou ampliar suas atividades na Capital e mais 56 projetos protocolados que dependem de documentação para serem analisados, a geração de emprego não para na cidade.

Diariamente, a Funsat (Fundação Social do Trabalho) oferece mais de 1,8 mil vagas de trabalho em 187 profissões distribuídas por 252 empresas de Campo Grande, oportunidades que vão desde auxiliar de linha de produção a ajudante de carga e descarga de mercadoria até auxiliar de estoque a instalador-reparador de redes e cabos telefônicos.

Ainda nessa linha de desenvolvimento, no fim de 2023, Campo Grande apareceu como a 3ª capital do país com maior alta nos preços dos imóveis residenciais anunciados para venda, conforme o índice FipeZAP.

A cidade teve alta de 12,61% no acumulado de 2023, com destaque para os imóveis da região do Prosa, com preço médio do metro quadrado de R$ 8.736,00. Entram nesse perímetro bairros como Chácara Cachoeira, Itanhangá, Carandá Bosque e Autonomista.

São locais de alto valor imobiliário, mas quando somados com os alguns vizinhos a média de preço do Prosa cai porque também fazem parte da região bairros de menor poder aquisitivo, como Noroeste, Estrela Dalva e Mata do Jacinto.

Outro indicador positivo da expansão da economia campo-grandense é que a balança de comércio exterior do município apresentou saldo positivo, tendo mais de US$ 510 milhões exportados e US$ 420 milhões em importações no ano.

O comércio com outros países não deixou a desejar no município, que, no ano passado, superou os US$ 930 milhões em comércio internacional. Destaque para a carne bovina (congelada/resfriada), representando 61% de tudo que foi exportado pela capital e a soja, em grãos.

China, Canadá e Estados Unidos foram as três principais origens das compras de Campo Grande em 2023, representando 62% das importações. Já Chile, Estados Unidos e Argentina foram os três principais clientes de Campo Grande, representando 44% das nossas exportações.

O destaque foi o aumento de 543% nas vendas de soja para o mercado externo, fruto do aumento da produção deste grão na capital e da quebra da safra argentina devido à seca que atingiu o país vizinho no ano passado.

Campo Grande ostenta o título de Capital do Agronegócio, com uma área plantada de mais de 165 mil hectares, a capital sul-mato-grossense possui o maior valor de Produção Agrícola Municipal entre as outras 26.

De 2021 para 2022, a área plantada no município de Campo Grande aumentou em 2,45% enquanto o valor da produção teve alta nominal de 9,06% e ainda tem muito espaço para crescer. A Capital também testemunhou um crescimento significativo no comércio exterior, especialmente com os países da RILA (Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai). 

A corrente de comércio com esses países aumentou 34%, subindo de US$ 165,5 milhões para US$ 222,2 milhões, o que representa quase 24% de tudo que foi transacionado pela Capital, indicando um fortalecimento nas relações comerciais e na economia regional. Cenário que deve melhorar ainda mais com o corredor bioceânico, que tem um traçado de 2.396 quilômetros ligando os oceanos Atlântico e Pacífico pelos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile, passando por Paraguai e Argentina, até chegar ao Porto de Santos (SP), encurtando em mais de 9,7 mil quilômetros de rota marítima a distância nas exportações brasileiras para a Ásia.

Saúde, educação, saneamento, segurança e sustentabilidade, tudo isto em um mesmo lugar. Além disso, a capital sul-mato-grossense também se destaca no incentivo à formação de novos empreendedores.

Análise

Para o diretor-presidente do Grupo Ranking, o cientista político Antonio José Ueno, os indicadores econômicos de Campo Grande a tornam uma cidade ainda mais cobiçada pelos pré-candidatos que vão disputar a eleição para a cadeira de chefe do Executivo municipal no dia 6 de outubro deste ano. “Campo Grande vive o pleno emprego, com supermercados, atacadista, farmácias, padarias, tudo precisando de mão de obra. Além disso, o metro quadrado da Capital é um dos que mais se valorizou no Brasil e, aglutinando tudo isso, ainda temos uma cidade arborizada, com ruas largas, um povo acolhedor e uma cultura que mescla tudo isso. Então, eu pergunto: quem não iria querer ser prefeito ou prefeita de Campo Grande?”, questionou.

Ele acrescentou ainda que Campo Grande tem ainda um grande centro universitário, com uma universidade federal (UFMS), um estadual (UEMS) e diversas privadas, como a UCDB, Anhanguera Uniderp, Unigran, Insted, entre tantas outras. “A cidade é a preferida pelos grandes produtores rurais, empresários e políticos das cidades do interior enviarem seus filhos para fazer faculdade aqui. Alguns, até mandam para fazer o Ensino Médio na Capital, o que acaba movimentando a economia local, pois esses produtores rurais, empresários e políticos também são obrigados a comprar imóveis aqui para os filhos morarem e até para eles passarem os fins de semana na cidade com toda a família. Enfim, isso faz com que a nossa economia seja forte e pujante”, pontuou.

Tony Ueno argumentou ainda que outra coisa que acaba beneficiando a cidade é que Campo Grande fica bem no centro do Estado, o que acaba servindo como um centro de apoio para todos os municípios do interior, tanto na área do comércio, da saúde e da educação, quanto na da segurança pública, da política e da administração em geral. “Campo Grande também é de fácil acesso para outras cidades do Brasil. Basta pegar um avião e, em poucas horas, já estar no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP), em Florianópolis (SC) e Brasília (DF). No caso do trajeto rodoviário, nós somos a rota de linhas de ônibus para o Acre, Rondônia, Amazonas e até para a Bolívia, para o Paraguai e para o Peru. E, com a Rota Bioceânica, isso vai aumentar mais, melhorando ainda mais essa integração”, projetou.

O cientista político também citou a questão da miscigenação do povo campo-grandense, que concentra descendentes de árabes, japoneses, bolivianos, paraguaios, portugueses e italianos, bem como pessoas oriundas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo e de Minas Gerais. “Ou seja, aqui é uma grande miscigenação e podemos comprovar isso com a nossa culinária, que oferece desde o tradicional churrasco bovino e das massas italianas até o bacalhau português, o sobá e o sushi japonês, bem como as esfirras e o quibe cru dos árabes. A Feira Central, então, tem de tudo um pouco, assim como o nosso Mercadão Municipal”, assegurou.

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