Participantes da Cia Juvenil garantem 2º lugar com a coreografia contemporânea “YBYTU”, 3º lugar com o pas-de-deux clássico “Pássaro Azul”
O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano retorna de Campo Grande com troféus, indicações e, principalmente, gratidão. Durante o Prêmio Onça Pintada — maior festival de dança de Mato Grosso do Sul — a Cia Juvenil do Moinho conquistou o segundo lugar na mostra competitiva de dança contemporânea com a coreografia “YBYTU” e garantiu o terceiro lugar com o Pas de Deux de balé clássico de repertório “Pássaro Azul”, interpretado por Ana Michelle e seu parceiro Marcos Vinícius.
Essa foi a primeira vez que o grupo participou de uma competição, tornando as conquistas ainda mais significativas. A diretora do Instituto, Márcia Rolon, reforça que o foco da participação vai além dos prêmios.
“Em Corumbá, não contamos com um teatro, o que limita o intercâmbio de saberes. Por isso, a proposta de levar os participantes ao Prêmio Onça Pintada é oferecer a eles a oportunidade de conhecer outros grupos, diferentes bailarinos e estilos, ampliando seus horizontes e alimentando sonhos. Participar desse evento é também um grande teste emocional — e, para isso, contamos com o apoio de uma equipe formada por psicólogos, além dos núcleos social e cultural. É uma vivência que fortalece, traz segurança, eleva a autoestima e gera aprendizados valiosos”, destacou Márcia.
A coreografia “YBYTU”, assinada por Kelven Alex, trouxe ao palco a energia do vento em movimento. Inspirada na palavra tupi-guarani que significa “vento”, a obra transformou a ancestralidade em força, evocando a resistência e potência dos corpos em cena. “A gente vem treinando essa coreografia desde o ano passado. Foi gratificante levá-la para o festival e ver nossas alunas conquistando esse reconhecimento”, disse Kelven.
Outro nome presente foi Marcos Souza, vencedor do prêmio de Melhor Bailarino em 2024. Este ano, ele voltou ao evento como convidado, apresentando dois solos: uma variação clássica na abertura da segunda sessão do dia 19, e um solo contemporâneo de sua própria autoria na abertura das apresentações do dia 20. “Está sendo uma experiência incrível. Sou muito grato ao Moinho, à Márcia e a toda equipe. Estou amando tudo isso”, compartilhou.
Com 16 integrantes da Cia Juvenil, três professores acompanhantes e apoio da Andorinha e da LHG, o Moinho participou das categorias Conjunto Júnior (dança contemporânea) e Duo de Ballet Clássico Júnior, com os repertórios “Pássaro Azul” e “O Corsário”.
Ana Michelle, que brilhou na coreografia “Pássaro Azul”, compartilhou a emoção de conquistar o pódio. “Minha experiência foi incrível! Fiquei muito feliz de ter participado do pódio representando a instituição que amo e que sempre me apoia com os meus sonhos. Tive muitos aprendizados nesse festival e estou imensamente grata pela confiança que o Moinho depositou em mim”, falou Ana.
Para a coordenadora de dança do Moinho Cultural, Aline Espirito Santo, acompanhar os alunos conquistando novos espaços é motivo de grande orgulho. “É ainda mais gratificante quando se trata de jovens que vêm de uma cidade do interior, de uma fronteira periférica, distante dos grandes centros, onde o acesso a oportunidades é mais limitado. Eles chegaram até aqui com disciplina, responsabilidade e muita dedicação”, afirmou.