O dólar começou o dia operando em leve alta frente ao real nesta terça-feira (30). Por volta das 14h, porém, caía 0,36%, cotado a R$ 5,7461.
Na B3, o Ibovespa, que iniciou o dia em leve tendência positiva, recuando de leve em alguns momentos, ampliou os ganhos e passou a subir 1,02% por volta das 14h, aos 116.594,92 pontos.
Investidores seguiam monitorando o clima político em Brasília depois da troca de seis ministros pelo presidente Jair Bolsonaro na véspera, enquanto a disseminação da Covid-19 no país continuava a preocupar os mercados.
Com a expectativa de uma melhor comunicação entre o governo de Jair Bolsonaro e o Congresso, o mercado tem esperanças de que o rearranjo ministerial possa significar a “correção” do Orçamento para 2021, o que poderia aliviar os temores dos investidores em relação às contas públicas.
Já no exterior, os rendimentos dos Treasuries de dez anos subiram para máximas em 14 meses nesta terça-feira, um dia antes de o presidente norte-americano, Joe Biden, definir como pagará por um plano de infraestrutura de 3 trilhões a 4 trilhões de dólares.
“(Os rendimentos) dos Treasuries continuam a pressionar conforme a economia norte-americana retorna à atividade e a vacinação no país avança”, disse João Vitor Freitas, da Toro, que também citou a adoção de grandes estímulos fiscais nos Estados Unidos como fator de impulso para as taxas.
Lá fora
Os principais índices de Wall Street abriram em baixa nesta terça-feira, com uma alta nos rendimentos dos Treasuries atingindo ações relacionadas à tecnologia, enquanto os setores de bancos e indústrias — que devem se beneficiar de uma reabertura econômica — subiam.
O Dow Jones caía 0,13%, a 33.127,88 pontos. O S&P 500 recuava 0,20%, a 3.963,34 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cedia 0,39%, a 13.008,804 pontos.
As ações europeias fecharam perto de máximas recordes nesta terça-feira, na esperança de uma recuperação econômica impulsionada pelas vacinas, enquanto os investidores deixavam de lado as consequências do default de um hedge fund norte-americano que atingiu as ações de bancos no dia anterior.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,7%, a 1.659 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,71%, a 431 pontos, ficando menos de 1% abaixo de seu pico pré-pandemia.
As ações de bancos saltaram 2,7%, recuperando-se após uma queda de 1% na segunda-feira, acompanhando o aumento dos rendimentos dos títulos dos governos dos Estados Unidos e da Europa, em meio à esperança de um crescimento econômico mais forte e inflação mais alta à frente.
O credor suíço Credit Suisse caiu 3,1%, após despencar quase 14% na sessão anterior ao alertar sobre perdas “altamente significativas e materiais” depois que um fundo — o Archegos Capital, segundo fontes — não cumpriu as chamadas de margem.
O índice referencial STOXX 600 está prestes a encerrar o primeiro trimestre com um ganho de quase 8% – seu quarto salto trimestral consecutivo – à medida que o otimismo em torno do crescimento global ofusca as lentas iniciativas de vacinação na zona do euro e novos lockdowns relacionados ao coronavírus.
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira (30), com investidores mantendo foco na perspectiva de recuperação da economia global e apesar de preocupações com dificuldades enfrentadas por um fundo de investimento dos EUA que atingiram grandes conglomerados bancários.
O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,16% em Tóquio hoje, a 29.432,70 pontos, enquanto o Hang Seng avançou 0,84% em Hong Kong, a 28.577,50 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 1,12% em Seul, a 3.070,00 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,48% em Taiwan, a 16.554,90 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,62%, a 3.456,68 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,47%, a 2.229,27 pontos.
O apetite por risco na Ásia continua sustentado por expectativas de retomada da economia mundial, liderada pelos EUA, que estão implementando medidas de incentivo fiscal de US$ 1,9 trilhão e onde a vacinação contra a Covid-19 ocorre em ritmo mais rápido do que em outras partes.
Como resultado, ficaram em segundo plano alertas feitos pela Nomura Holdings e Credit Suisse de que poderão sofrer perdas significativas como resultado de transações com um fundo de investimento americano, possivelmente o Archegos Capital Management. No mercado japonês, a ação da Nomura caiu 0,66% nesta terça, após sofrer tombo de 16,33% no pregão anterior.
Na Oceania, a bolsa australiana contrariou o tom positivo da Ásia e ficou no vermelho, revertendo ganhos de mais cedo. O S&P/ASX 200 caiu 0,90% em Sydney, a 6.738,40 pontos.