A Caixa Econômica Federal (CEF) lançou nesta terça-feira, 18, uma linha de empréstimo especial para os caminhoneiros. A proposta visa atender as demandas da categoria e evitar possíveis paralisações.
A linha de empréstimo é voltada diretamente ao crédito pessoal, além de possibilitar que o tomador renegocie dívidas e antecipe valores a serem recebidos pelos caminhoneiros. A última alternativa tem o objetivo principal de reduzir os custos atrelados à operação de crédito.
Essa medida é extremamente importante já que os profissionais deste ramo estão efetivamente envolvidos nos ganhos relacionados a fretes não inclusos no sistema financeiro nacional. Ou seja, em postos de gasolina, além de também serem afetados pela incidência de taxas abusivas que levam boa parte da renda adquirida.
Portanto, a proposta da Caixa Econômica permitirá que os caminhoneiros autônomos tenham livre acesso ao Documento Eletrônico de Transportes (DT-e). Este pode ser acessado diretamente pelo celular junto a uma série de outros serviços oficiais capazes de regularizar a atuação destes profissionais. Na oportunidade, profissionais do setor econômico explicaram que através do DT-e, outros documentos como a carta de frete, começará a ter reconhecimento oficial como um recebível. Desta forma, o caminhoneiro terá uma segurança para requerer uma linha de empréstimo em agências bancárias ou fintechs.
É importante mencionar que a Caixa Econômica Federal já está em fase de elaboração de uma linha de empréstimo capaz de atuar neste sentido, prevista para ser lançada até o final do mês de junho deste ano. Denominada de GiroCAIXA Fácil Caminhoneiro, o serviço ficará disponível para os usuários da conta poupança social digital administrada pelo aplicativo Caixa Tem.
A instituição financeira já comunicou que irá promover condições viáveis para a contração da linha de empréstimo através do crédito pessoal dos caminhoneiros.
A intenção é aplicar taxas de juros entre 3,01% a 3,70% ao mês, devendo o tomador iniciar o pagamento da dívida após o período de carência de 60 dias, e concluir o pagamento de todas as parcelas em até 60 meses.
Na circunstância de um imóvel registrado na mesma titularidade do tomador da linha de empréstimo, é possível utilizá-lo como garantia em financiamentos na margem de até 60% do valor atual do bem. Neste caso, os juros poderão variar entre 0,60% a 1,10% ao mês, de maneira que a dívida deve ser quitada em até 180 meses.
Em caso de renegociação de dívidas comerciais parceladas em até 96 meses, as taxas de juros aplicadas serão de 1,14%. O trabalhador ainda contará com descontos de até 90% para quitar dívidas com mais de 360 dias de atraso