Dança é atividade que diverte, fortalece o corpo e exercita a mente na terceira idade

Confira benefícios e histórias de pessoas que trouxeram a prática para seu dia a dia

No dia 29 de abril, celebra-se o Dia Internacional da Dança, uma data estabelecida em 1982 pelo Comitê Internacional da Dança (CID) da UNESCO, com o objetivo de valorizar esta forma de arte tão expressiva e inclusiva. A dança, com sua universalidade e capacidade de cruzar barreiras culturais e etárias, é uma atividade benéfica para todas as idades, mas especialmente para os idosos, contribuindo significativamente para uma melhor qualidade de vida nesta fase.

Para muitos deles, a dança é mais do que um passatempo; é uma fonte de alegria e um escape da monotonia diária. Diferentemente de outras formas de exercício físico, que podem parecer tediosas ou extenuantes para pessoas mais velhas, a dança oferece um apelo dinâmico e empolgante. Com uma vasta gama de estilos, desde o forró até a o tango, passando pela dança de salão, há opções para todos os gostos e habilidades.

Os benefícios físicos da dança para os idosos são diversos. Segundo o professor de dança Ivan Sousa, que há mais de 20 anos trabalha com pessoas de todas as idades, além de melhorar a mobilidade e o equilíbrio, a atividade ajuda na manutenção da força muscular e flexibilidade, elementos cruciais para evitar quedas e outros acidentes. “A atividade regular pode também elevar a disposição e melhorar a qualidade do sono, aspectos que contribuem diretamente para um envelhecimento mais saudável”, pontuou.

A cabeleireira Tânia Souza, por exemplo, revelou que a dança além de hobby tornou-se uma atividade importante em seu dia a dia, unindo o prazer ao condicionamento físico . “Eu me sinto mais leve, como se eu fizesse ginástica, mas não sentisse nenhum cansaço. Às vezes começo a dançar às oito da noite e só paro às 2, 3 da manhã e não sinto nenhuma dor”.

Mente sã – Além dos benefícios físicos, a dança também opera maravilhas na mente. A prática regular ajuda a manter e melhorar as funções cognitivas, protegendo contra declínios relacionados à idade e enfermidades como demência e Alzheimer. “Durante as danças, é necessário memorizar sequências de passos e coordenar movimentos com a música e com o parceiro. Isso estimula áreas do cérebro responsáveis pela memória e concentração, além de ser uma atividade muito divertida”, destacou Ivan.

Outro aspecto muito valorizado da dança em todas as fases da vida é também seu impacto nas interações. O representante Grimaldo Macário da Cunha e a esposa Gladys da Cunha, professora, dançam duas vezes por semana, há pelo menos 20 anos. Ele conta que, além de ajudar no equilíbrio do corpo e da mente, a atividade é muito benéfica para a harmonia do casal. “Dançando, nos sentimos muito bem juntos, e isso também se deve ao preparo físico. Dançar trabalha a nossa mente e, no dia seguinte, você está mais leve para enfrentar o dia a dia”, revelou.

Participar de aulas ou eventos de dança oferece uma excelente oportunidade para interação, ajudando a combater o isolamento, algo comum em idades avançadas. Além disso, o aprendizado de novos passos e a participação em apresentações elevam a autoestima, contribuindo para que os idosos se sintam mais confiantes e valorizados.

Celebração – A dança pode também marcar momentos especiais na trajetória das pessoas, como aconteceu com a procuradora federal Maria de Fátima Soalheiro e o empresário Moacir Steffen, quando ambos comemoraram 70 anos de vida, no último mês de março. Para celebrar, eles decidiram dançar um tango durante a festa de aniversário. 

Foram necessárias cinco aulas com os professores Ivan Sousa e  Juliana Furtado para eles executarem os movimentos, mas o resultado valeu a pena. Fátima conta que ambos tinham uma experiência mínima com dança, mas que conseguiram fazer com que os 100 convidados se divertissem e interagissem com eles. “Foi importante para nós, pois nos divertimos e pudemos compartilhar o momento com nossas famílias e amigos”, contou. 

Para além da comemoração, a procuradora revelou que dançar para a festa fez nascer um desejo: investir na dança como uma atividade física. “Para nós que gostamos de praticar esportes juntos e até fizemos o Caminho de Santiago de Compostela, pode ser uma boa opção”, pontuou. Essa pode ser uma ótima escolha para pessoas de todas idades, uma vez que, por colaborar com a qualidade de vida dos praticantes, a dança pode ainda proporcionar uma longevidade saudável. 

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