DEZEMBRO VERMELHO 

O que você precisa saber sobre o mês de luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs 

Oito perguntas para acabar com o tabu  

O Dezembro Vermelho, instituído pela Lei 13.504/2017, é a campanha nacional de prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), realizada durante todo o mês de dezembro. 

De acordo com dados do DATASUS, o número de pacientes diagnosticados com Aids têm reduzido. No ano de 2020: 15.854 pessoas; em 2021: 16.889 e, em 2022, o número caiu significativamente para 6.052 novos casos. A região sudeste continua sendo a de maior incidência da doença. 

Estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil, sendo que, destas, 900 mil conhecem seu diagnóstico. Nesse cenário, a meta é ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; alcançar o tratamento de 95% dessas pessoas; e, dessas em tratamento, ter 95% com carga viral controlada. 

Confira o que os especialistas da Rede Ebserh responderam sobre o tema:  

  1. Quais são as ISTS mais comuns?  

As Infecções sexualmente transmissíveis mais comuns são: HIV, sífilis, gonorreia, clamídia e hepatite B e C. 

  1. Qual a forma mais eficaz de previni-las?  

Todos os especialistas concordam que o método mais eficaz é o uso da camisinha. Além do tratamento adequado dos pacientes doentes, que é uma das formas mais eficazes de prevenção de novas infecções. 

  1. Usando preservativo, quais as chances de contrair IST se tiver relação sexual com alguém infectado que não apresenta sintomas? 

As chances de contrair uma IST utilizando o preservativo é mínima, considerando a ausência de lesões extragenitais.  Já existem outros métodos de prevenção que, associadamente, aumentam a eficácia da prevenção. 

  1. Quais as chances de contrair ISTs sem ter tido relação sexual com alguém infectado ?  

Algumas ISTs podem ser adquiridas a partir de contato não sexual, por meio de lesões em regiões extragenitais (mucosas da boca e nariz, por exemplo). Nestes casos, há a necessidade de uma perda de contiguidade (lesão, ferimento) na região que terá o contato com a lesão supracitada. 

Da mesma maneira, o risco de transmissão pelo HIV só ocorre na presença de lesões com sangue e outras portas de entrada entre as pessoas.  

É importante lembrar que no sexo oral o risco de infecção é baixo, mas existe e, apesar disso, não podemos esquecer das outras infecções sexualmente transmissíveis, como: sífilis, clamídia, gonorreia e HPV. 

  1. HIV já tem cura?  

Ainda não temos tratamento de cura para o HIV, mas o tratamento impede a replicação do vírus HIV que destrói nossas células de defesa do organismo. O objetivo do tratamento é a supressão viral, ou seja, que o paciente tenha em seu exame a chamada “carga viral indetectável”, o que significa que o vírus não consegue se replicar e destruir as células de defesa. 

  1. Como é o tratamento? 

O tratamento preferencial para o HIV consiste em apenas dois comprimidos ao dia. Essas medicações são muito potentes para o controle do HIV/Aids e, ao contrário dos remédios de antigamente (o famoso coquetel), a terapia antirretroviral (TARV) tem pouquíssimos efeitos colaterais e uma quantidade bem menor de comprimidos. Isso tudo facilita a adesão ao tratamento e o sucesso terapêutico pelo paciente.  

  1. O que acontece quando o paciente portador de HIV abandona o tratamento? 

Quando o paciente não faz o tratamento, os vírus aumentam e cada vez mais atacam o organismo, daí a pessoa fica suscetível às doenças oportunistas e o risco de óbito é muito grande. 

  1. Como é a qualidade de vida do paciente portador de HIV que faz o tratamento de forma correta? 

Não existe cura, então o tratamento é para a vida inteira. Deve ser levado em conta que alguns tratamentos podem não ser adequados para determinada pessoa, e apresentar efeitos colaterais ou incompatibilidade. A pessoa pode ter uma qualidade de vida muito melhor do que tínhamos antes, mas requer uma série de cuidados. 

Humap – UFMS  

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS/Ebserh) é o único hospital do estado do Mato Grosso do Sul referência em HIV/Aids.  

Atualmente o hospital tem cerca de 1.900 pacientes cadastrados com HIV em tratamento. “Um processo de trabalho que temos desenvolvido é a busca dos pacientes em abandono de Tratamento Anti Retroviral (TARV). Em janeiro de 2022 tínhamos cerca de 14% de pacientes em abandono e nesse último mês estamos com 8,3% de abandono. Nossa meta é alcançar a meta da OMS de no máximo 5% de taxa de abandono de TARV”, explica a enfermeira chefe da Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Humap,Vânia Silva dos Reis. 

Rede Ebserh 

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação. 

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