É só o tempo mudar para a rinite, a sinusite e outras inflamações aparecerem. As doenças respiratórias – garganta inflamada, tosse, febre e dor facial -, comuns nas épocas de baixas temperaturas, afetam quase metade da população brasileira. Agravadas pelo tempo frio e seco, elas podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como os infartos, principalmente em quem já passou dos 60 anos.
A relação entre estas doenças respiratórias esquenta a discussão sobre o aumento do número de infartos no inverno. De acordo com o cardiologista do Hcor, Dr. Leopoldo Piegas, o fenômeno pode ser explicado pelo fato de o quadro respiratório favorecer a formação de coágulos sanguíneos, de inflamações, de alterações no fluxo do sangue e de toxinas que danificam os vasos. “Com isso, ocorrem determinadas alterações agudas na parede da artéria coronária, responsável por irrigar o músculo cardíaco, que provocam a obstrução da passagem de sangue, levando ao infarto”.