Fungo negro: Tratamento para a doença pode ultrapassar de R$ 450 mil apenas com remédios; Veja detalhes

Mucormycosis, também conhecido como “Fungo Negro” virou manchete após um colapso de saúde na Índia de pacientes que contraíram o fungo depois de terem Covid-19. Embora rara, a infecção pode mutilar e matar pacientes, o que torna seu tratamento caro.As drogas usadas para combater a doença podem passar de 10.000 por dia. Em geral, por meio de cirurgias e internações, os custos dos medicamentos só podem ser superiores a R$ 450 mil. Geralmente, a cobertura é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo plano de saúde do paciente. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

A doença está crescendo exponencialmente na Índia, tendo atingido quase 9.000 pacientes com Covid-19 no país. Normalmente, um sistema imunológico saudável pode lidar com o fungo sem que os sintomas se manifestem. No entanto, pacientes vulneráveis por causa do tratamento coronavírus são mais propensos a serem infectados pelo patógeno, que mata mais de 50% dos afetados.São Paulo, Santa Catarina (PR) e Manaus (AM) também têm casos suspeitos de “fungo negro”. Um paciente de Campo Grande (MS) morreu por suspeita da doença. Mucormicose é uma infecção rara causada pela exposição ao molde mucoso que é comumente encontrada em solo descomforme, plantas, estrume, frutas e vegetais. O fungo está presente em praticamente todos os lugares do mundo, mas dificilmente causa complicações.

Além do Covid-19, outros fatores podem influenciar a infecção pelo patógeno, como o diabetes, ser portador de doenças oncohematológicas (como leucemia) e até mesmo fazer uso de corticosteroides em altas doses. No entanto, o hospital informou que o homem diagnosticado em São Paulo não possui nenhuma dessas comorbidades associadas à mucormicose.

Em recente entrevista ao Olhar Digital, Marcelo Simão, da Sociedade Brasileira de Doenças Infecciosas (SBI), explicou que as chances de o Brasil sofrer de Mucormycose da mesma forma que a Índia são baixas. “Também aparece muito naqueles que têm tratamento para leucemia, diabéticos, transplantes. No geral, em pessoas com sistemas imunológicos mais fracos. Drogas para combater o Covid-19, a internação, tudo isso favorece o surgimento do fungo”, disse.

“Foi realmente uma surpresa que este fungo esteja se espalhando dessa forma na Índia. Mas parece ser algo particularmente lá, que sempre teve muitos casos de mucormicose. Não acho que o Brasil esteja em risco assim”, acrescentou.

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