“Maior leiteiro”? Entenda os mitos em torno da ejaculação masculina

Por conta da pornografia, mitos como a possibilidade de uma “mangueira de ejaculação” podem soar como verdades para algumas pessoas

Thamara Maria

O consumo de pornografia costuma fazer com que alguns mitos em torno do sexo acabem soando como “verdades” na cabeça das pessoas. Um deles é, sem dúvidas, o do “balde de sêmen”. Cenas de gangbangs e sexo oral podem criar a ilusão de que um único homem é capaz de ejacular uma quantidade enorme de líquido.

“A quantidade de sêmen expelido em uma ejaculação varia entre 2 e 10 ml. Ou seja, o verdadeiro ‘banho’ de sêmen presenciado na pornografia é, muitas vezes, de sêmen falso”, afirma o urologista Celso Marzano, conhecido como Dr. do Sexo.

Um bom exemplo é o concurso de “Melhor Leiteiro”, que aconteceu recentemente em um bar gay de São Paulo. O motorista de Uber Diego Ferraz ganhou o título de Maior Leiteiro, após ejacular 10 ml.

O mesmo mito é estendido para o squirt — líquido transparente expelido por algumas mulheres durante o orgasmo. Apesar do squirt ter bem mais líquido que a ejaculação masculina (cerca de 150 ml), também não é uma “mangueira” e na maioria das vezes não vem como um jato.

“Muitas das cenas de mulheres fazendo squirt em pornô são fakes, são montagens para enaltecer o evento. Por vezes, a mulher só observa uma grande quantidade de líquido na cama e até pode pensar que foi xixi”, explica a sexóloga Amanda Nunes.

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