Arqueólogos revelaram na quinta-feira (9) que descobriram as ruínas de uma cidade no Egito. A cidade foi construída há mais de 3.400 anos, no reinado de Amenhotep III, um dos faraós mais poderosos da civilização egípcia.
A equipe foi liderada pelo arqueólogo egípcio Zahi Hawass.
Eles começaram a fazer buscas em um templo perto de Luxor, em setembro, mas em semanas encontraram restos de edifícios feitos com tijolos de argila em todas as direções.
Acabaram encontrando uma cidade bem preservada, com paredes quase completas, e casas com cômodos com ferramentas, cerâmicas e tijolos com selos.
De acordo com Hawass, algumas das paredes das casas têm três metros de altura.
As escavações aconteceram na margem oeste de Luxor, perto dos templos do rei Ramses II e do Vale dos Reis.
Peter Lacovara, diretor do Fundo de Arqueologia e Patrimônio do Egito Antigo, com sede nos Estados Unidos, afirmou que essa é uma descoberta muito importante.
O estado de preservação e a quantidade de itens do cotidiano lembram outras descobertas famosas, segundo ele.
“É como uma Pompeia Egípcia, e mostra a necessidade de preservar a área como um parque arqueológico”, disse ele.
Foram encontrados no local fornos para fazer vidro e cerâmica, junto com os destroços de milhares de estátuas, disse Betsy Bryan, especialista no reinado de Amenhotep III.
“A descoberta do local dos centros de manufatura já abre os detalhes de como os egípcios fizeram o que fizeram sob um grande e rico governante como Amenhotep III”, disse ela. Segundo Bryan, a nova escavação “fornecerá conhecimento por muitos anos”.
A oeste da cidade está a antiga vila de trabalhadores de Deir el-Medina, segundo Hawass. Segundo referências históricas, é onde estavam os palácios e os centros administrativos e industrial do reinado de Amenhotep III.