Deputada Flordelis e mais nove acusados de morte de pastor vão a júri popular no RJ

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) e mais nove acusados pela morte do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, serão levados a júri popular. A decisão é da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, do 3º Tribunal do Júri de Niterói, que também optou por manter a prisão de todos os acusados.

Por ter imunidade parlamentar, Flordelis só pode ser presa em flagrante por crime inafiançável. A deputada está em prisão domiciliar e fazendo uso de tornozeleira eletrônica. Segundo a magistrada, não houve modificação no processo fato que justificasse a alteração das medidas.

A juíza ainda ressaltou que as notícias trazidas ao processo “evidenciam ainda mais a necessidade de acautelamento dos réus, em prol não somente da ordem pública, mas para garantia da instrução criminal a se renovar em futuro Plenário de Julgamento, e, ainda, em prol da eventual aplicação da lei penal”.

Denunciada como mandante do crime, Flordelis responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.

Mais votada

Em agosto de 2020, o PSD anunciou que a parlamentar estava suspensa das funções dentro do partido. Contudo, meses depois Flordelis ainda continuava atuante e integrada a grupos de debate e reuniões da bancada do PSD na Câmara Federal.

Em outubro do ano passado, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados encaminhou uma representação ao Conselho de Ética da Casa para a cassação do mandato de Flordelis, eleita pelo Rio de Janeiro em 2019 como a mulher mais votada do estado, com 196 mil votos.

Julgados

Além de Flordelis, também serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, o “bigode” e Carlos Ubiraci Francisco da Silva, o “neném” (homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada); Rayane dos Santos Oliveira (homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada); Flávio dos Santos Rodrigues, Adriano dos Santos Rodrigues, Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa (uso de documento falso e associação criminosa armada).

Entre os réus, apenas Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho não biológico da parlamentar, que já havia sido pronunciado anteriormente junto com Flávio dos Santos Rodrigues pela execução do crime, não responderá mais pelo crime de associação criminosa.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

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