Sete em cada 10 mães não conseguem dizer não para o filho e cedem a todas as vontades dos pequenos. É o que mostra pesquisa realizada pela Acordo Certo, plataforma de renegociação de dívidas, que ouviu mais de 460 mães.
Os dados mostram que a maioria das mães já conversou sobre finanças com os filhos: 90% delas falaram sobre assuntos relacionados a sua situação financeira, 88% sobre como conseguem ter dinheiro, 88% sobre a importância do trabalho e 87% sobre como guardar dinheiro.
“O Brasil não tem uma cultura de falar sobre educação financeira. Não vemos o tema nas escolas, nas faculdades e universidades, no mercado de trabalho, em nenhum lugar. As mães querem instruir os seus filhos a fazer diferente e dar atenção para esse ponto durante sua formação, preparando-os para a vida adulta”, explica Bruna Allemann, Especialista em Educação Financeira da Acordo Certo.
Outro ponto importante destacado na pesquisa é o rotineiro processo de sair de casa com os filhos e conseguir passar a mensagem de qual a situação financeira da família, diante de tantas tentações de consumo.
De acordo com a pesquisa, 90% das mães já avisam seus filhos antes mesmo de sair de casa que não podem comprar nada pois estão sem dinheiro. Ainda assim, a maioria das mães relata que já deixou de comprar algo que precisava para adquirir algo que o filho pediu (67%) ou acabou comprando produtos de marcas mais caras pelo pedido deles (30%).
As compras de mercado são, sem dúvida, o ponto mais difícil para as mães. De acordo com a pesquisa, 39% já levaram o filho ao supermercado e acabaram gastando mais do que o projetado por conta dos pedidos deles. Ainda assim, exceto para comprar alimentação, a maioria das mães afirma não comprar ou gastar mais do que o planejado com o filho.
Sobre a pesquisa
O levantamento quantitativo foi realizado entre os dias 15 e 26 de abril de 2021 com mais de 460 mães entrevistadas pela Acordo Certo, sendo que 56% estão concentradas na região Sudeste.
Ainda sobre o perfil da amostra, na maioria, as mães são chefe de família (54%), possuem ensino médio completo (42%), enquanto o status de empregabilidade se divide entre desempregadas (27%), empregadas com carteira assinada (24%) e autônomas (22%).
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