Quando o escritor modernista Mario de Andrade decidiu escrever o seu emblemático Meditação sobre o Tietê em 1944, a primeira grande crítica ao início da degradação no maior rio dos paulistas, talvez não imaginaria o quanto ele, Tietê, seguiria ao longo das décadas sendo sepultado dia pós dia, mas renascendo em sua teimosia em seguir em ser grande, já que em vez de correr para o mar vai em direção ao interior do estado, como descreve o autor “Águas do meu Tietê, Onde queres me levar? Rio que entras na terra, E que me afastas do mar” e nesse afastamento chegam Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, as duas cidades da Grande São Paulo, que possuem uma estreita ligação com o Tietê, pela importância histórica, quando serviu de caminho aos Bandeirantes em seguir o gigante e “adentras na terra dos homens” e ser nas suas águas onde a imagem do Bom Jesus apareceu.
Rio Tietê – Década de 80 – Foto: (Página Parnahyba sempre Parnaíba)
Foi comemorado o dia do Rio Tietê, na última terça-feira, 22, dia de reflexão, mas também de mostrar a dura realidade das águas, que de acordo com a SOS Mata Atlântica em seu relatório de 2019 apontou que o “trecho morto” alcançou 163 km, um aumento de 33,6% em relação ao ano anterior. Contudo, os registros, principalmente os fotográficos mostram o quanto a beleza desse rio era comum é peculiar às pessoas, principalmente àquelas que se reuniam às suas margens e mesmo em suas águas, como ocorreu em Parnaíba e mostrada pela página “Parnahyba Sempre Parnaíba”.
Fonte: OAnhanguera