Pornô caseiro: por que o público prefere conteúdos amadores?

O termo “caseiro” é um dos mais buscados entre os relacionados à palavra “sexo”; terapeuta explica a preferência por pornô amador

Thamara Maria

Ao acessar o Google Trends e buscar os termos mais procurados relacionados a sexo, não é incomum se deparar com a palavra “caseiro”. Dentro do universo pornográfico, o pornô caseiro — também conhecido como amador — segue como um dos mais populares e procurados. Mas você sabe o motivo?

De acordo com a psicóloga e sexóloga Alessandra Araújo, ao assistir um pornô tradicional e produzido, a tendência é que as cenas e posições sejam sempre repetidas, o enredo sempre muito engessado e o filme todo, de uma forma geral, muito “performático” e fora da realidade. As versões caseiras costumam gerar mais identificação.

“Quando vimos um pornô caseiro, além de pessoas e corpos reais, vemos também o sexo acontecer de uma forma natural, como acontece na vida, sem roteiros e atuações exageradas, cria-se uma identificação e uma consequente maior excitação”, explica.

Assistir pornô é saudável?

Existem muitas polêmicas que envolvem a indústria pornográfica e a forma como os conteúdos são produzidos e distribuídos, que muitas vezes incluem abusos e diversas irregularidades. Ao mesmo tempo, uma educação sexual escassa leva jovens a ver a pornografia como uma referência do que é sexo.

Para a maioria das pessoas — principalmente homens, que estão ainda mais expostos a esse tipo de conteúdo desde a infância — a pornografia pode levar a diversas consequências negativas na vida sexual adulta, como vício em pornô e disfunções sexuais.

Alessandra afirma que, apesar disso, existe sim uma forma saudável de consumir pornografia. Além de se atentar para a origem e teor dos vídeos, o mais indicado é também saber dosar a frequência e não condicionar a excitação sexual à exposição ao pornô.

“Ao exagerar no consumo de pornô, existe a possibilidade da pessoa ficar muito envolvida no contexto da imaginação e acabar não vendo graça na vida real, deixando de lado as vivências com o(a) parceiro(a). Ao perceber que o consumo de pornô está impactando outras áreas da vida, o indicado é buscar terapia sexual”, elucida.

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