Vigilância Sanitária realiza capacitação sobre prevenção da Leishmaniose em Ribas

Uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) está capacitando agentes de endemias em Ribas do Rio Pardo, com o objetivo de levar – a população – a prevenção contra a Leishmaniose, além da malária e doença de Chagas. O principal foco nesta capacitação foi contra a Leishmaniose, cujos casos tem se proliferado na região do Bolsão.

A capacitação durou dois dias e beneficiou 18 agentes de endemias. De acordo com o Gerente do Programa de Controle de Leishmaniose, Gilmar Cipriano Ribeiro, a doença tem se alastrado em todo o Estado, com 63 casos confirmados e seis óbitos. “A taxa de letalidade está alta, em 10%. A doença se espalhou em Três Lagoas, Água Clara, Brasilândia e Campo Grande. Por isso, estamos fazendo esse trabalho em Ribas do Rio Pardo, para que esse fato não se torne realidade aqui”, disse Gilmar Ribeiro.

A Leishmaniose é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos. A transmissão acontece pelo mosquito palha, quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

A Leishmaniose tegumentar pode causar lesões cutâneas ou nas mucosas (oral, nasal ou genital), a depender do tipo de espécie de protozoário envolvida. A doença começa a se manifestar com essa lesão ulcerada, com borda elevada, que não causa dor. Os principais sintomas da Leishmaniose são perda de apetite, emagrecimento, pelo opaco, queda de pelos, aparecimento de feridas na pele (em especial na face, focinho e orelhas) e, em um estágio mais avançado, o crescimento exagerado das unhas (onicogrifose) e perda dos movimentos das patas traseiras (parestesia).

O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros e onde existem muitas plantas. O mosquito palha tem este nome devido a sua cor que lembra a tonalidade amarelada da palha. É um mosquito muito pequeno com longas asas. Ainda sobre as asas, elas possuem pequenos pelos bem característicos da espécie. A Leishmaniose nos cães não tem cura e a única solução é a eutanásia. “A população canina é o reservatório da doença”, frisou Gilmar Ribeiro.

A Diretora de Vigilância Sanitária em Ribas do Rio Pardo, Divina Castro, informou que o objetivo desta capacitação com os agentes de endemias é levar tranquilidade à população, mostrando – em visitas domiciliares – o que deve ser feito para afastar a doença, que tem cura nas pessoas. “O problema é que a doença demora a se manifestar, levando um período de seis meses a dois anos. Por isso, o trabalho de ação, controle e prevenção não pode parar. Estamos agindo e o trabalho terá ainda mais engajamento”, destacou Divina Castro.

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