Dezenove mulheres presas em Dubai faziam ensaio para site israelense, diz jornal; russas e ucranianas envolvidas

Foto: Reprodução

O jornal “Daily Mail” afirmou que, ao menos, 19 mulheres foram presas em Dubai (Emirados Árabes Unidos) no último sábado (3/4) após participarem nuas de um ensaio na varanda de um prédio no luxuoso bairro de Marina. Outras dezenas de pessoas envolvidas no episódio também teriam sido detidas pela polícia do emirado.

De acordo com o tabloide, todas as modelos faziam um trabalho para um site israelense, que seria uma versão de um site pornográfico dos EUA, cujo nome não foi revelado. As nacionalidades das detidas não foram informadas oficialmente, porém, segundo o “Moscow Times”, oito delas são russas. A fonte é a agência de notícias RIA Novosti. O “Sun” afirmou que há também modelos da Ucrânia, de Belarus e da Moldávia envolvidas. Um homem, que seria o organizador do ensaio, também foi detido.

“As russas pediram ajuda ao Consulado Geral, mas é difícil fazer qualquer coisa quando é um artigo criminal bastante sério: participar de atos obscenos”, disse um diplomata russo não identificado. Ele acrescentou que as mulheres poderiam ser perdoadas durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa na próxima semana.

A polícia disse ter prendido “um grupo de pessoas que apareceu em um vídeo indecente” sob a acusação de libertinagem pública. O crime pode ser punido com até seis meses de prisão e multa de mais de R$ 7 mil.

O ensaio foi flagrado de um prédio ao lado. Nesta segunda-feira, começaram a circular imagens feitas de dentro do apartamento onde o registro das mulheres era feito por um fotógrafo.

Prejuízo diplomático

O episódio pode ser prejudicial para as relações entre Emirados Árabes Unidos e Israel, que só foram formalizadas nos Acordos de Abraham, assinados na Casa Branca em 15 de setembro do ano passado.

O acordo histórico, que também incluiu o Bahrein, viu laços diplomáticos formais entre os Estados do Golfo Pérsico e Israel estabelecidos pela primeira vez desde a formação do país, nos anos 1940.

Os detentores de passaportes de Israel e dos Emirados Árabes Unidos tiveram acesso ao outro Estado como parte do acordo, criando um fluxo de tráfego em ambas as direções.

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