Dívida bruta do governo bate recorde em R$ 6,74 tri, equivalente a 90% do PIB

O indicador serve como referência para as agências de classificação de risco, que define a atratividade de investimentos dos países
Reprodução

Com o rombo nas contas públicas, a dívida bruta do governo geral (DBGG) renovou recorde atingindo o patamar de R$ 6,744 trilhões. O montante equivale a 90% do Produto  Interno Bruto (PIB), maior patamar da série histórica, iniciada em 2006. Os números foram divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (31).

O indicador serve como referência para as agências de classificação de risco, que define a atratividade de investimentos dos países. Em 2020, a DBGG encerrou em R$ 6,615 trilhões, equivalente a 89,3% do PIB.

O patamar histórico é consequência do déficit das contas do setor público, que voltaram para o vermelho em fevereiro em cerca de R$ 11,770 bilhões. 

Com o resultado, o primeiro bimestre acumula déficit de R$ 46,605 bilhões, valor equivalente a 3,65% do PIB. No mesmo período do  ano anterior, as contas estava negativas em R$ 35,375 bilhões, equivalente a apenas 2,88% do PIB. 

O resultado do setor público consolidado inclui as contas do governo federal, dos governos regionais e das estatais federais. O déficit primário não inclui as despesas com juros e mostra que o valor arrecadado no ano passado não foi suficiente para cobrir as despesas públicas. 

Enquanto o Governo Central (governo federal, BC e Previdência) teve déficit de R$ 22,508 bilhões em fevereiro, os governos estaduais e municipais foram superavitários em R$ 10,526 bilhões. Já as empresas estatais tiveram resultado positivo de R$ 212 milhões. 

Quando incluídos os gastos com juros, o resultado nominal foi positivo em R$ 40,966 bilhões em fevereiro. Sozinha, a conta de juros somou R$ 69,643  bilhões no primeiro bimestre do ano. 

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também