Empresa brasileira do agro é referência mundial em reciclagem

Pioneira, Campo Limpo, sediada em Taubaté (SP), tem capacidade de produzir até 18 milhões de embalagens recicladas de defensivos agrícolas todos os anos

Com capacidade de produzir até 18 milhões de embalagens recicladas de defensivos agrícolas, todos os anos, a Campo Limpo, indústria de origem nacional sediada em Taubaté (SP), transformou-se em exemplo mundial quando o assunto é reciclagem. “Desde a fundação da empresa, em 2008, já produzimos mais de 100 milhões de embalagens recicladas para defensivos agrícolas e de forma pioneira. Reciclar essas embalagens significa um ganho imenso para o meio ambiente, e, consequentemente, para toda a sociedade”, afirma o presidente da Campo Limpo, Marcelo Okamura.
 

Segundo Okamura, a reciclagem é feita a partir de embalagens de defensivos agrícolas que já foram utilizadas pelos produtores rurais. “Após o uso, o agricultor brasileiro é obrigado por lei a devolver a embalagem do defensivo agrícola em uma unidade de recebimento do Sistema Campo Limpo. Então, esse material é destinado às indústrias Campo Limpo, para que embalagens e tampas sejam recicladas e se transformem em novas unidades para envase de defensivos agrícolas”.


No Brasil, 100% das embalagens vazias de defensivos agrícolas recebidas no Sistema Campo Limpo têm destino adequado e mais de 90% são recicladas, transformando-se em novos produtos. O ato de reciclar diminui a extração de recursos naturais. “Outro benefício da reciclagem é a redução da emissão de gases do efeito estufa. Desde 2002, graças às embalagens de defensivos que foram corretamente destinadas e, portanto, retiradas do meio ambiente, foram evitadas a emissão de mais de 1,05 milhão de toneladas de gases do efeito estufa da atmosfera” é o que afirma Okamura.


Caso a emissão de gás carbônico tivesse acontecido, seria necessário plantar mais de 6,5 milhões de árvores para compensar. “Desde 2002, mais de 800 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas já foram retiradas da natureza. O impacto que isso representa é gigantesco para todos nós. Comparativamente, essa quantidade equivale ao peso de mais de 660 estátuas do Cristo Redentor”, explica o presidente da Campo Limpo.


Além de ser exemplo como empresa recicladora, Campo Limpo também segue à risca conceitos de sustentabilidade, que são vistos nos processos de fabricação da empresa. A fábrica de Taubaté (SP) segue conceitos de ecoeficiência e foi projetada de forma a não gerar impacto ambiental, já que possui estação de tratamento de água, reaproveitamento da água da chuva e uso racional da luz solar.

Desafios da reciclagem no mundo


Segundo o estudo Plastic pollution: Pathways to net zero, do banco Credit Suisse, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas ao redor do planeta, todos os anos. Mas, essa quantidade pode triplicar até 2060, chegando a ultrapassar a barreira do 1 bilhão de toneladas, é o que revela relatório da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). “Enquanto grande parte do plástico incorretamente descartado vai para aterros sanitários, que estão cada vez mais lotados, outro tanto segue para rios, oceanos e solos, contaminando e poluindo as faunas terrestre e marinha. Por isso a reciclagem é tão importante”, finaliza Okamura.

Campo Limpo Plásticos

Fundada em 2008, Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A. atua como um centro de desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para reciclagem e produz embalagens plásticas para envase de defensivos agrícolas a partir da resina reciclada pós-consumo agrícola.

O trabalho é executado a partir da reciclagem das embalagens vazias devolvidas pelos agricultores após tríplice lavagem ao Sistema Campo Limpo. Assim, encerra-se o ciclo da economia circular dessas embalagens dentro do próprio setor.

Idealizada pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), que é responsável pela gestão do programa de logística reversa, o Sistema Campo Limpo representa as indústrias fabricantes de defensivos agrícolas na destinação das embalagens utilizadas nas culturas de todo o país.

A companhia conta com um complexo industrial que abriga duas subsidiárias localizadas na cidade de Taubaté (SP) e uma filial em Ribeirão Preto (SP), inaugurada em 2018.

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