Fonte: Roberta Basílio, cientista comportamental e professora do curso de Administração da ESPM
Com o Dia das Mães chegando, o debate sobre o tratamento da maternidade dentro das empresas volta à tona. Roberta Basílio, cientista comportamental e professora do curso de Administração da ESPM, acredita que valorizar a maternidade é investir na retenção de talentos e aumentar o senso de pertencimento. “Mulheres que retornam ao ambiente de trabalho e percebem o acolhimento tornam-se ainda mais engajadas, refletindo nos seus resultados.”
A professora da ESPM explica que a forma como uma empresa trata suas colaboradoras mães revela mais do que sua política de benefícios: mostra sua maturidade em relação à gestão de pessoas e o engajamento em relação à diversidade, equidade e inclusão. “Isso reflete no clima organizacional e no relacionamento com a equipe, construindo-se relações mais humanizadas e colaborativas no ambiente profissional.”
Para as mães solo, o cenário é ainda mais desafiador. Segundo dados da Diversitera, realizado por meio da plataforma Diversitrack, a renda anual dessas mulheres é, em média, 32% menor em comparação a outras mulheres. A pesquisa analisou dados de mais de 70 organizações em 17 setores e destacou as dificuldades financeiras enfrentadas por mães solo, além dos obstáculos adicionais que enfrentam para avançar profissionalmente. Portanto, como criar um ambiente mais humano dentro das empresas e como isso pode impactar a produtividade das mulheres mães?
Roberta exemplifica que rotinas flexíveis de trabalho remoto, por exemplo, tornam o dia a dia das mães mais seguro e com mais qualidade. “Para uma mãe solo que precisa conciliar maternidade e carreira, esse movimento reflete em um ambiente que favorece segurança psicológica, satisfação, motivação e engajamento. Uma gestão que zela pelas pessoas é justamente o que faz a produtividade acontecer.”