Entenda o que aumenta o colesterol e a importância do controle para a saúde

Reprodução

Segundo o Ministério da Saúde, 4 em cada 10 brasileiros têm colesterol alto. “O colesterol ruim é aquele que está associado ao aumento do risco de problemas do coração nos infartos e derrames. O colesterol bom é aquele que teoricamente protege nosso organismo contra isso”, explica Raul Dias dos Santos Filho, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Incor.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipercolesterolemia familiar (HF) acomete 10 milhões de pessoas no mundo e 300 mil no Brasil.

“Um hábito alimentar com consumo alto de carnes vermelhas, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados, aliado ao baixo consumo de frutas e de hortaliças, favorece a hipercolesterolemia e aumenta o risco das doenças cardiovasculares”, explica a pesquisadora Ana Luisa Souza de Paiva Moura, da coordenação-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

“Se o padrão alimentar for equilibrado, a pessoa pode ter uma vida saudável e manter o colesterol em concentrações adequadas”, completa.

A especialista alerta que o problema não está limitado a apenas uma faixa etária. “Pessoas de qualquer idade, até mesmo crianças, podem ter colesterol alto. Isso pode se dar por questões genéticas, mas em grande parte está ligado à inatividade física e à má alimentação”, afirma.

Colesterol alto: saiba como prevenir

  • 1 de 6Veja a seguir cinco dicas para evitar o colesterol alto, de acordo com o Ministério da SaúdeCrédito: Moyo Studio/Getty Images
  • 2 de 6Atividade física: exercícios regulares “queimam” gordura acumulada no organismo e baixam o nível do colesterolCrédito: Paula Bitta/MS
  • 3 de 6Evite a gordura: o consumo diário de carne vermelha aumenta o risco. Carnes com muita gordura, pele de frango e frituras também devem ser evitadosCrédito: Getty Images/Westend61
  • 4 de 6Alimentação saudável: hábitos alimentares saudáveis ajudam a regular o colesterol. Consuma alimentos in natura e minimamente processados como cereais integrais, frutas, legumes e verdurasCrédito: Ella Olsson/Unsplash
  • 5 de 6Pare de fumar: o cigarro potencializa os riscos de doenças do coraçãoCrédito: Foto: Seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images
  • 6 de 6Procure um médico: o acompanhamento de profissionais de saúde ajuda a identificar fatores de risco e auxilia no controle do colesterol altoCrédito: RunPhoto/Getty Images

Diferentes tipos de colesterol

A composição do colesterol é uma só, o que muda é o seu meio de transporte, ou seja: a lipoproteína (partícula) à qual está associado, de acordo com o Ministério da Saúde. Ela pode ser de alta ou de baixa densidade, dependendo da composição, com funções diferentes.

Colesterol LDL: o colesterol combinado às lipoproteínas de baixa densidade é chamado de LDL. Em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas de gordura que aumentam o risco de obstrução e consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, o LDL é conhecido como “colesterol ruim” e seu nível deve ser mantido baixo.

A principal consequência do excesso do colesterol LDL, e consequentemente da obstrução das artérias, é o aumento do risco de doenças cardiovasculares como: infarto agudo do miocárdio e AVC.

Colesterol HDL: conhecido por ser quem “resgata” o colesterol das células para ser eliminado. São lipoproteínas de alta densidade que, quando combinadas ao colesterol, são chamadas de HDL. Ele ajuda a evitar a obstrução das artérias, sendo conhecido como “colesterol bom” e seu nível deve ser mantido alto.

Prevenção e tratamento do colesterol

O tratamento do colesterol é feito com medicamentos, sendo que a medicina avançou nesta área nos últimos anos.

Na maioria dos casos, o paciente toma medicamentos como as estatinas, inibidores da enzima HMG-CoA redutase (enzimas do fígado responsáveis pela produção de colesterol).

Outro tratamento em expansão, que ainda não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é realizado com o uso de injeções com anticorpos monoclonais. Elas reduzem em até 60% o nível alto do colesterol. Nos casos mais graves, é necessário intervenção cirúrgica pouco invasiva.

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também