Entre tropeços e acertos

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As pessoas acostumaram-se em ver aquilo que querem, não permitindo que a realidade “nua e crua” realmente se apresente, em outras palavras, o tempo fez com que desse aos indivíduos a falsa sensação de controle ao comportamento ao outro, onde o que o outro quer não importa quando é diferente daquilo que se espera.

Um exemplo clássico disso é o rompimento afetivo entre os casais, quando uma das partes acredita piamente que a outra pessoa lhe pertence. Mas o por que isso acontece? É por ter a impressão que o livre arbítrio não existe e que uma vez ali a pessoa é obrigada a sucumbir aos desejos mais doidos e doentios do outro, a aguentar tudo, a fingir um cenário perfeito a sociedade mesmo que vivenciado o “inferno” dentro do ambiente familiar.

Alguns ainda podem se lembrar que em tempos de pandemia, onde a convivência foi imposta de maneira devastadora, o índice de crueldade aos animais, problemas familiares, rompimento de relacionamentos tiveram um aumento crescente. É como se fosse tirado a venda dos olhos e a sanidade “tivesse tirado férias, sem previsão de retorno”. Em outras palavras, o modelo pré-fabricado ou mesmo automatizado de conduta implementado por décadas fosse jogado no lixo e estampado agora uma nova rotina com isso algumas pessoas não quiserem se adaptar a essa nova realidade, expondo aos demais a verdadeira face na qual o “mostro” contido fora finalmente liberto.

Tendo em vista para corromper as atitudes, os pensamentos, a crença não é necessária agir com impulsividade, muito menos com imposição, pelo contrário, basta realizar as coisas de forma minuciosa e até mesmo em “doses homeopáticas”, ao ponto de as pessoas acreditarem que é normal algo que nunca deveria se tornar.

Por isso que viver é uma oscilação, uma montanha russa de emoções, de ciclos vivenciados, com certa rotatividade de pessoas em sua volta e pode até passar em sua mente que se tornou “uma estação” onde as pessoas transitam e ninguém fica. O engraçado da vida é entender que em cada fase estará rodeado por um tipo de pessoa e nem todo mundo será capaz de continuar contigo, isso é uma maneira da “professora” te mostrar quem pode ou não permanecer. É como dizer que atitudes infantis não cabem mais na realidade rodeada das responsabilidades da vida adulta.

Quantas vezes você já deve ter cruzado em seus caminhos que são eternos jovens por serem inconsequentes e transferirem a responsabilidade de seus atos aos demais e se colocar no papel de vítima culpando a sociedade por isso ou por aquilo “esquecendo” sua contribuição ativa nesse cenário.

Karol Costa

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