Falar mal dos institutos de pesquisas virou moda nestas eleições. Em um dos pleitos eleitorais mais conturbados dos últimos anos podemos dizer que é até normal que os holofotes estejam acesos.
Afinal, a ‘gritaria’ faz parte da retórica de campanha, mas isso não corresponde à verdade, da maioria, dos institutos que seguem à risca as exigências do Tribunal Superior Eleitoral para fazer seus estudos.
O que se vê é uma tentativa de uma construção de narrativa para coagir e de antemão descredibilizar os institutos. O mais estranho é que as críticas vêm exatamente de quem não respeita a lei e publica pesquisa sem registro, o que é crime eleitoral.
O Jornal “O Estado de Mato Grosso do Sul”, por exemplo, publicou hoje em seu EDITORIAL DE OPINIÃO, severos julgamentos aos institutos de pesquisas, só que mencionou dados de uma pesquisa sem registro, ou seja, pesquisa FAKE, e isso é considerado CRIME.

Para quem não sabe as pesquisas têm de ser registradas na Justiça Eleitoral antes da divulgação, e prevê uma pena de multa, a mais elevada na esfera eleitoral, para o descumprimento dessa obrigação. A multa é aplicável no caso de veiculação de pesquisa sem prévio registro na Justiça Eleitoral. A multa varia entre R$ 53.205 e R$ 106.410.
Entre os critérios exigidos, estão: informações do contratante da pesquisa e número de inscrição no CPF ou no CNPJ; metodologia adotada e período de realização; valor e origem dos recursos despendidos; plano amostral; questionário completo aplicado; e nome do profissional de Estatística responsável pela pesquisa, acompanhado de assinatura com certificação digital e do número do registro no Conselho Regional de Estatística.
Assim toda pesquisa divulgada LEGALMENTE teve todos os critérios exigido aprovados. Inclusive, as empresas que fazem esse trabalho também precisam estar previamente cadastradas no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle). O espaço foi criado pela Justiça Eleitoral para abrigar todos os elementos técnicos relativos ao estudo.
“As críticas precisam ser fundamentas e não apenas uma manipulação do cenário que o meio de divulgação quer criar”, disse Antonio Ueno, cientista político.
Ranking acerta 21 dos 24 deputados estaduais eleitos em Mato Grosso do Sul
O Instituto Ranking Brasil acertou 21 dos candidatos 24 eleitos para deputado estadual em Mato Grosso do Sul. São 87,5% de acertos em uma das eleições mais disputadas e difíceis que o estado enfrentou.
Entraram para a Assembleia Legislativa Mara Caseiro (49.512 votos), Paulo Corrêa (49.184), Zeca do PT (47.193), Jamílson Name (43.435), Zé Teixeira (39.329), Lídio Lopes (32.412), Pedro Caravina (31.952), Coronel David (31.480), Pedro Kemp (27.969), Lucas de Lima (26.575), Junior Mochi (26.108), João Henrique Catan (25.914), Gerson Claro (25.839), Londres Machado (25.691), Antônio Vaz (19.395), Rafael Tavares (18.224), Renato Câmara (17.756), Amarildo Cruz (17.249), Neno Razuk (17.023), Marcio Fernandes (16.111), Pedrossian Neto (15.994), Lia Nogueira (15.155), Roberto Hashioka (13.662), Professor Rinaldo Modesto (12.800).
O Ranking Brasil já havia anunciado em sua última pesquisa antes das eleições que o PSDB faria de quatro a cinco deputados. A estimativa foi superada seis candidatos do partido, sendo cinco os mais cotados na pesquisa entraram. A deputada estadual, Mara Caseiro, foi a campeã de votos. Ela que na última eleição ficou como suplente, mostra que ganhou força e arrebentou nas urnas.
Em segundo lugar nas urnas está seu colega de partido Paulo Corrêa, em terceiro Jamílson Name, em quarto Zé Teixeira e Pedro Caravina foi o sétimo mais votado. Lia Nogueira foi a surpresa do partido. O PSDB além de ter sido o que mais colocou candidatos na bancada, foi o campeão de votos nesta eleição.
O MDB fez três deputados: Marcio Fernandes, Renato Câmara e Junior Mochi. A expectativa era de que o partido fizesse de quatro deputados, o que não se concretizou.
O PT fez três candidatos: Zeca do PT, Pedro Kemp e Amarildo Cruz. Zeca foi o segundo melhor votado e ajudou seus companheiros a se elegerem.
O PP fez Gerson Claro e Londres Machado. Marçal Filho que estava entre os mais cotados no fim não se elegeu. Contudo, é o primeiro suplente do partido. Ele fez 24.758 votos.
O já deputado estadual Lucas de Lima se reelegeu pelo PDT. Foi o único de seu partido a levar uma das vagas da Assembleia Legislativa.
O PL garantiu três cadeiras: Neno Razuk, Coronel David e João Henrique Catan. Os nomes são os mesmos previstos pelo Instituto Ranking na última pesquisa divulgada antes das eleições deste domingo, 2 de outubro de 2022.
O Podemos elegeu somente um deputado, o que está dentro da previsão divulgada. Reeleito assume uma das vagas Prof. Rinaldo Modesto. O Patriota também reelegeu Lídio Lopes.
O PRTB elegeu Rafael Tavares. A expectativa era de que Iara Diniz entrasse, mas a onda Bolsonaro não atingiu a esposa de Renan Contar que ficou de fora da Assembleia Legislativa.
Os Republicanos elegeram Antônio Vaz. Herculano Borges que estava entre os preferidos não garantiu vaga desta vez, mas ficou entre as primeiras suplências com 17,786 votos.
O PSD elegeu apenas Pedro Pedrossian Neto. O ex-secretário de finanças de Campo Grande entrou com o indeferimento da candidatura de Tiago Vargas, que estava Sub Júdice.
O PSB e o PTB não elegeram nenhum candidato.
Confira:

Ranking acerta 6 dos 8 deputados federais eleitos por partido em MS
O Instituto Ranking Brasil acertou 6 dos 8 nomes dos candidatos eleitos por Mato Grosso do Sul para a ocupar as oitos vagas na Câmara Federal. São eles Marcon Pollon (PL), Beto Pereira (PSDB), Dr. Geraldo Resende (PSDB), Vander Loubet (PT), Camila Jara (PT), Dagoberto (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP) e Rodolfo Nogueira (PL).
Na última pesquisa divulgada pelo Instituto Ranking Brasil os nomes haviam sido citados. A novidade está em Camila Jara, que estava em segundo lugar na pesquisa pelo seu partido, e Marcos Pollon, que estava em terceiro. A princípio o PT tinha chance de fazer apenas um deputado e fez dois.
Já Marcos Pollon que estava em terceiro lugar na pesquisa divulgada em 30 de setembro de 2022 surpreendeu e foi o candidato mais votado com mais de 103 mil votos. Em segundo lugar ficou Beto Pereira com 97 mil votos. Em terceiro Geraldo Rezende com 96 mil. Depois vem Vander Loubet com 76 mil, Camila Jara com 56 mil e Dagoberto Nogueira com 48 mil. Dr. Luiz Ovando fez 45 mil votos e Rodolfo Nogueira (PL) 41.773 votos, o último a entrar.
Onze partidos tinham chance reais de disputar as vagas de Mato Grosso do Sul na Câmara Federal: PSDB, PT, MDB, União Brasil, Podemos, PL, PP, PSD, PTB, Republicanos e AGIR. Entretanto, MDB, União Brasil, Podemos, PTB, Republicanos e Agir não fizeram nenhum nome.
Para concorrer a uma das vagas os partidos precisavam atingir 80% de votos para fazer um deputado federal com as maiores sobras do coeficiente eleitoral. Além disso, o candidato mais votado do partido tinha que obter no mínimo 20% de votos do coeficiente eleitoral.

Boca de Urna
O Instituto Ranking Brasil foi a única empresa de pesquisa a fazer “Boca de Urna” e divulgou os resultados muito próximo da realidade no domingo de eleição ao vivo às 16h e 2 minutos na Capital FM, JD1 Notícias e no Diário MS News.
Cada pesquisa divulgada foi demonstrando matematicamente a tendência dos eleitores. Tanto que em sua última pesquisa de Boca de Urna, mostrou que o presidente Jair Bolsonaro apresentava 56% dos votos contra 35% de Lula. O que se concretizou nas urnas, muito próximo na margem de erro, já que Bolsonaro teve 52,70% dos votos contra 39,04% de Lula.

O mesmo ocorreu na pesquisa de Boca de Urna para governador. O Instituto Ranking Brasil apontou 30% dos votos para Renan Contar, 21% para André Puccinelli e 20% para Eduardo Riedel. No domingo, 2 de outubro, Contar obteve 26,71% dos votos, Riedel 25,16% e Puccinelli 17,18%. Muito próximo da realidade divulgado.
