O vereador Marquinhos Trad (PDT) causou polêmica na sessão desta terça-feira (6) ao profetizar a queda da atual prefeita, Adriane Lopes (PP), que responde processo por compra de votos na Justiça Eleitoral. Ele profetizou que a ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil) será a futura prefeita de Campo Grande.
Marquinhos é evangélico, assim como Adriane e Rose. Ele apoiou a ex-deputada federal, que perdeu no segundo turno para a atual gestora por uma diferença de 12 mil votos.
O ex-prefeito fez a declaração após o líder da prefeita na Câmara, Beto Avelar (PP), votar a favor do requerimento da oposição, proposto por Luiza Ribeiro (PT), cobrando explicações de Adriane por ter vetado R$ 8,7 milhões para entidades de assistência social.
A medida, considerada maldosa, deverá comprometer o atendimento de cerca de 20 mil crianças e pessoas pobres em situação de vulnerabilidade social. A causa é defendida pelos vereadores. No entanto, Adriane não se incomodou com a impopularidade em vetar a ajuda aos miseráveis ao mesmo tempo em que terá aumento de 66,7% no próprio salário, de R$ 21,2 mil para R$ 35,4 mil.
“Você foi meu líder lá atrás, continua como líder e vou dar uma de profeta aqui, você vai ser o líder da Rose, gravem”, ressaltou Marquinhos, destacando que se tratavam do prenúncio de uma profecia.
O ex-prefeito citou ainda a reunião do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) com os vereadores, que ocorreu no período da manhã. “Pela fala daquele que hoje visitou o parlamento, já se preparem”, disse o vereador, de forma enigmática.
Marquinhos não participou da reunião de Azambuja com os vereadores. No entanto, conforme uma fonte, o relato foi de que a situação de Adriane Lopes não está fácil.
O Ministério Público Eleitoral deu parecer favorável à cassação de Adriane e da vice-prefeita, Camilla Nascimento de Oliveira (PP). O Tribunal Regional Eleitoral ainda não marcou o julgamento que poderá mudar o rumo da política local.
Para a senadora Tereza Cristiana (PP) não deverá mudar muita coisa. Com a fusão do União Brasil com o PP, Rose pode virar a nova pupila da progressista e a prefeitura continuará nas mãos da superfederação presidida pela ex-ministra da Agricultura.