Subiu para quatro o número de deputados federais de Mato Grosso do Sul que assinaram para tramitação do projeto de lei para o fim da jornada de trabalho de seis dias, com um de folga durante a semana.
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O projeto, que já tinha a assinatura de Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB) e Vander Loubet (PT), ganhou apoio de Geraldo Resende (PSDB), que mais cedo disse à reportagem que ouviria o partido e o governador Eduardo Riedel.
Ainda não assinaram os deputados bolsonaristas – Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL) – e o deputado Beto Pereira, único do PSDB a não assinar.
A reportagem questionou os deputados sobre a assinatura e apenas Marcos Pollon se manifestou contrário, afirmando que “quem apoia essa PEC ou é ignorante ou mau-caráter”.
O deputado do ser contra porque “é impossível fabricar dinheiro do nada” é muito menos com “com uma lei absurda e com mais intervenção estatal”. Na avaliação de Pollon, as empresas contratariam com menor salário e mandariam embora quem ganha mais atualmente.
O projeto
O fim da jornada de seis dias de trabalho e um de descanso ganhou repercussão na rede social. De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL/SP), o projeto faz parte de uma iniciativa do movimento “Vida além do trabalho”, que considera a escala abusiva e responsável por comprometer a saúde do trabalhador.
O projeto tem por objetivo modificar o trecho da Constituição que permite jornada de até oito horas diárias e 44 semanais, autorizando outras jornadas, com mais folga ao trabalhador.
O abaixo-assinado para o fim da jornada já teve assinatura de mais de 1,3 milhão de pessoas. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) precisa de 171 assinaturas para tramitar na Câmara e 308 votos para ser aprovada nos dois turnos. Já no Senado, são necessárias 27 assinaturas para tramitação.