MS é referência nacional em universalização do abastecimento

Riedel atribui êxito de cobertura aos investimentos assegurados por meio da Parceria Público-Privada.

Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, 68 têm seu abastecimento de água tratada e esgoto sob responsabilidade da Sanesul. Em todos eles, com os investimentos que o governo estadual vem fazendo, o índice de cobertura já garantiu Mato Grosso do Sul entre os primeiros estados a universalizar a coleta e o tratamento de esgoto, meta a ser 100% atingida dentro de três anos no máximo, conforme o que foi estabelecido no caderno de prioridades do governador Eduardo Riedel (PSDB).
“É o esforço concentrado do Governo do Estado, com a contribuição efetiva de uma PPP (Parceria Público-privada) que começou a valer em 2021”, credita Riedel, reportando-se aos investimentos privados que estão ajudando a alavancar o setor. Este é um suporte que o Estado, sozinho, não teria condições de suprir. Em junho passado a cobertura de esgoto chegou a 70% da área urbana do Estado.

Para a universalização é preciso chegar a um patamar de 90%, que deve ser alcançado em 2028. Isto leva em conta as ligações de esgoto gerais e não o percentual de cada cidade. A expectativa do Governo é fechar 2026 com 85,6%% de cobertura, e, em 2031, atingir a marca excepcional de 98%. “O saneamento era uma deficiência, agora a universalização está próxima. Vamos bater a meta antes do que prevê o Marco Regulatório. Isto é saúde, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente”, exulta Riedel.

Na vanguarda
Mato Grosso do Sul está na vanguarda do saneamento básico no País. O Marco Regulatório Nacional estipula que todos os estados devem universalizar a água (99%) e esgoto (90%) até 2033. Assim, o Estado vai bater essa marca com cinco anos de antecedência. Nos últimos quatro anos foram implantados 553 km de rede coletora de esgoto em 52 municípios e um distrito. Os investimentos passaram de R$ 450 milhões, beneficiando mais de 1 milhão de pessoas.

Inaugurada em janeiro deste ano, a nova ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), de Dourados, é um símbolo de tecnologia e modernidade. A ETE Laranja Doce atende 25% da demanda douradense, com capacidade para tratar 80 litros de esgoto por segundo. Totalmente automatizada, ostenta o ímdice de 97,5% de eficiência, usando tecnologia de ponta, um sistema monitorado por computadores e manobras de forma remota, dispondo de operadores apenas para limpeza e aplicações de químicos.

O supervisor regional da Ambiental MS Pantanal, parceira na PPP do esgoto, Douglas Cunha, diz que o material é mais duradouro, toda estrutura é de aço inoxidável e aço vitrificado, diferente das antigas estações, que eram de concreto e davam muita manutenção. A douradense Sarita Ribeira da Silva, do Bairro Água Boa, vibrou com a rede de esgoto em frente à sua casa faz um ano e meio. “É o começo de tudo, é saúde, valoriza bastante o meu imóvel”, exclamou.

Em Ponta Porã a rede de esgoto já tem 98% de cobertura (Foto: Bruno Rezende).

Metas atingidas
Em Ponta Porã, a rede de esgoto já está universalizada, com 98% de cobertura. As obras vão desde implantação de redes coletoras e elevatórias até às ligações domiciliares. Morador do Bairro Vila dos Professores, Sebastião Neris Prada relatou que esta reivindicação é antiga e que todos se surpreenderam quando a nova realidade bateu em suas portas. Célio Poveda, gerente regional da Sanesul, destaca o resultado de um esforço coletivo.
“Ponta Porã é uma cidade já universalizada. Temos 99% de cobertura e obras em andamento. No Estado já chegamos a 70% e o objetivo é atingir a meta antes do marco regulatório”, frisou Poveda.

Em outros 17 municípios a cobertura já atende o Marco Legal de Saneamento (acima de 90%). São eles: Bodoquena, Dois Irmãos do Buriti, Bonito, Caracol, Porto Murtinho, Antonio João, Laguna Carapã, Paranhos, Chapadão do Sul, Paranaíba, Alcinopólis, Santa Rita do Pardo, Três Lagoas, Batayporã, Jateí, Japorã e Tacuru.

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