O senador Nelsinho Trad (PSD) acabou assinando o requerimento que propõe a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar a fraude em descontos de aposentados e pensionistas do INSS. Dos parlamentares de Mato Grosso do Sul, apenas quatro não apoiaram a investigação no Congresso Nacional.
De acordo com o requerimento, dos oito deputados federais, cinco apoiam a investigação: Beto Pereira e Geraldo Resende, do PSDB, Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL. A CPMI não teve o apoio de Camila Jara e Vander Loubet, do PT, e Dagoberto Nogueira (PSDB). Já no Senado, a primeira a assinar foi a senadora Tereza Cristina (PP), que tem apoiado todas as iniciativas contra o Governo Lula (PT). Soraya Thronicke (Podemos) aderiu na semana passada e defendeu a punição dos responsáveis. O último a assinar foi o senador Nelsinho Trad (PSD), de acordo com o site O Antagonista. O requerimento da CPMI foi protocolado nesta segunda-feira (12), com as assinaturas de 36 senadores e 223 deputados federais. Ou seja, acima do número mínimo para que um pedido de criação de CPMI seja protocolado, que é de 27 senadores e 171 deputados.
Segundo o requerimento, o colegiado seria constituído de 15 deputados federais e 15 senadores, com igual número de suplentes, obedecendo-se o princípio da proporcionalidade partidária, para, no prazo de 180 dias, “investigar o mecanismo bilionário de fraudes identificado no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas”.
As despesas referentes aos trabalhos da comissão foram orçadas no valor de 200 mil.
“A investigação das fraudes no INSS é necessária para proteger os direitos dos aposentados e pensionistas, recuperar recursos desviados, responsabilizar os envolvidos, corrigir falhas institucionais, restaurar a confiança pública e prevenir novos crimes contra o sistema previdenciário brasileiro”, dizem a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Os descontos começaram em 2018, na gestão de Michel Temer (MDB), continuaram nos quatro anos de Jair Bolsonaro (PL) e foram descobertas pela CGU (Controladoria-Geral da União) na gestão de Lula (PT). Os bolsonaristas jogam o escândalo na conta do PT, enquanto os petistas retrucam de que o Governo de Bolsonaro não combateu a fraude.