No Estado, 13º salário tem expectativa de injetar R$ 3 bilhões na economia

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O pagamento do 13º salário em Mato Grosso do Sul tem o potencial de injetar R$ 3.185.651.027,36 neste ano para 1.080.316 trabalhadores, conforme as estimativas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico). A variação é de 7,63% na comparação com 2021, a qual representa um acréscimo de R$ 225.793.33,01.

Conforme a economista Andreia Ferreira, o aumento reflete em boas condições para a população. “É importante ter mais dinheiro circulando na economia. Pagamento de contas e compras trazem bom reflexo para as pessoas físicas e jurídicas, além do governo, que tem o retorno via recolhimento de impostos, taxas e tributos”, destaca.

“Depois desses anos de inércia do governo federal, mesmo diante da pandemia de covid, que impôs uma série de restrições para a sociedade, é importante ter um mínimo de respiro nas contas”, avalia.

Em relação ao valor na participação do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, o percentual diminuiu em 0,08 ponto percentual em comparação com 2021, fechando em 1,45%. No cálculo do valor em relação ao PIB estadual, foi estimado um discreto aumento em 0,1 ponto percentual, com participação de 2,3%.

Com a soma dos beneficiários do mercado formal até o período de levantamento, isso compreende que 756.718 pessoas aumentam em 14.752 na comparação com o ano de 2021. Este contingente de trabalhadores representa 70,0% do total de beneficiários do Estado. A média de pagamento ficou em R$ 3.041,83.

O número de pessoas que passaram a acessar o Regime Geral de Previdência teve um aumento de 9.962 pessoas, posto que passou de 313.636 em 2021 para 323.598 em 2022. O valor médio da remuneração das pessoas deste grupo alcançou o valor de R$ 1.426,41.

Regiões

A parcela mais expressiva do 13º salário (49%) deve ser paga nos estados do Sudeste, região com a maior capacidade econômica do país e que concentra a maioria dos empregos formais, além de aposentados e pensionistas. No Sul, devem ser pagos 17,2% do montante e no Nordeste, 20,6%.

Em seguida, estão as regiões Centro-Oeste e Norte a que cabem, respectivamente, 9,0% e 4,9%.

Brasil

Na economia brasileira, serão movimentados cerca de R$ 249,8 bilhões, valor que representa aproximadamente 2,6% do PIB. Aproximadamente 85,5 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional em média de R$ 2.672.

Deste total, 52 milhões, ou 61% do total, são trabalhadores do mercado formal.

Entre eles os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada, que somam 1,4 milhão de pessoas, equivalendo a 0,9% do conjunto de beneficiários.

Os aposentados ou pensionistas do INSS correspondem a 32 milhões ou 20,3% do total. Já para os assalariados formais dos setores público e privado, que correspondem a 50,8 milhões de trabalhadores, excluídos os empregados domésticos, a estimativa é de que R$ 164,8 bilhões serão pagos a título de 13º salário, até o fim do ano.

A maior média deve ser paga aos trabalhadores do setor de serviços e equivale a R$ 3.840. A indústria aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 3.335. O menor ficará com os trabalhadores do setor primário da economia, R$ 2.050.

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado de MS.
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