Ter uma vida sexual satisfatória é algo intrínseco em muitos relacionamentos. Infelizmente, essa não é a realidade de todos. Algumas pessoas se deparam com estilos e identidades sexuais diferentes, que podem ou não ser compatíveis. Um pode ser mais ativo, enquanto o outro é “preguiçoso”. Um pode preferir sexo mais tradicional, enquanto outro é adepto de fetiches diferentes… Nesses casos, o que fazer?
Seja você solteiro ou casado, sexualmente ativo ou não, entender suas preferências sexuais faz parte da formação de uma identidade.
A sexóloga e terapeuta sexual Thalita Cesário aponta que, primeiramente, o casal precisa se questionar: ” Eu gosto mesmo disso? Ou aprendi que tenho que gostar? Eu não gosto mesmo disso, ou meus tabus não me permitem gostar?”
“Uma dica que dou é o casal iniciar conversas sobre sexo sem parecer uma DR e sem cobranças”, ensina a profissional. “É sobre ter interesse genuíno sobre as preferências do outro — e vice-versa”, emenda.
Propor algo novo
A psicóloga e sexóloga Luisa Miranda exemplifica que quando um parceiro gosta de sexo kink e o outro prefere algo mais “vanilla“, ter uma conversa franca e sem julgamentos é essencial. “Respeito e negociação de limites devem ser pontos relevantes do diálogo”, pondera.
“A exploração mútua também pode ser uma ótima pedida. Mostrar-se disposto a entender o universo que interessa o outro pode gerar intimidade e mais conexão”, salienta Luisa.
Thalita acrescenta que, ao propor algo novo, é importante entender que toda proposta é passível de uma negativa. “É preciso maturidade para lidar com os nãos na interação sexual e, juntos, descobrir o que pode agradar as pessoas envolvidas”, defende.
Mesmo assim, é necessário muito respeito nos limites dos envolvidos para garantir confiança e consentimento como prioridade.
Frustrações podem acontecer, todavia, para que ninguém se sinta desvalorizado, experimente possibilidades que sejam agradáveis a ambos. “Se ambos se importam com o bem-estar um do outro, essas diferenças podem ser trabalhadas com carinho”, destaca Luisa.
Por fim, a expert aponta que é importante fazer o tema “sexo” algo natural e diário na relação. A partir de conversas honestas e recíprocas, fica mais fácil propor algo novo na cama.