Reforma ministerial é blindagem para Bolsonaro com o Congresso, diz especialista

Consultor de risco político Creomar de Souza avaliou à CNN o cenário em Brasília após a troca de nomes nos ministérios
Foto: Divulgação

A troca de nomeações ministeriais feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem como objetivo erguer um “muro de contenção” para eventuais pressões políticas que o governo federal possa sofrer. A avaliação é do professor e consultor de risco político Creomar de Souza.

Em entrevista à CNN nesta terça-feira (30), ele afirmou que Bolsonaro está mais recluso, e não moderado, em sua forma de governar, em parte pelas pressões sofridas de todos os lados nas últimas semanas. “[Por isso], Bolsonaro reagiu tentando fazer esse ajuste, para acomodar de um lado apoiadores militares, mas também acomodar, de outro, apoiadores dentro do Congresso”, apontou.

Para Souza, apesar de parte considerável dos pensadores de política se alarmarem com uma eventual ruptura com a democracia, as Forças Armadas estão comprometidas em garantir a continuidade do regime no país. Com isso, a reforma ministerial de Bolsonaro acontece no sentido de apaziguar situações que geraram mal-estar com Exército no passado.

“Nesse aspecto, creio que, de um lado, é muito importante essa arrumação do ministério para que o presidente esteja em algum sentido protegido de eventuais tempestades. Do outro lado, o presidente vai ter que conseguir entregar resultados concretos muito rapidamente e aqui estamos falando de fazer com que a geladeira do trabalhador brasileiro esteja cheia de forma rápida, no fim do dia é isso que vai decidir a eleição do ano que vem, junto ao cronograma de vacinação”, afirmou.

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