Ministra Tereza Cristina no Senado?

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RUBEM ALVES: “Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. ( ) Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos…”

SUCESSO no facebook o vídeo com discursos folclóricos da ex-presidente Dilma (PT). Daquele que ‘estocava o vento’; da saudação a mandioca; do plano para ‘dobrar a meta’; da descoberta sobre a saída sem volta da pasta de dentes do tubo; da vinda das pessoas do nordeste ‘para o Brasil’; da sua análise sobre o Papa Francisco, ‘um papa muito normal’; da sua justificativa: “gente, eu engasguei comigo “mesma”.

BOIADA: “Nos meios políticos, há quem diga que a “vitimização” poderá se tornar o carro-chefe de pretensos candidatos às eleições de 2021. Depois que o ex-presidente Lula foi beneficiado com decisões da Justiça, que anularam suas condenações, foi como se fosse aberta a porteira e ocorresse o estouro da boiada de muitos inocentes e perseguidos, todos se dizendo acima de qualquer suspeita. Portanto…” (Ester Figueiredo na coluna Diálogo)

O PRINCÍPIO  jurídico “in dubio pro reo” que beneficia acusados no dia a dia não atinge os políticos . Simples a razão. Eles se elegem graças a uma áurea de honestidade e ética através de promessas. Isso naturalmente aumenta a expectativa do eleitor. Após, a decepção é proporcional a confiança depositada pelo voto.  Não podia ser diferente.

O AVISO é antigo: na política vale a versão do fato e não o fato em si.  O homem público deve se conscientizar que os seus atos são vistos com outros olhos, apenas um deslize, vira manchete e a sociedade reage. Suspeito, tem de comprovar sua inocência. Às vezes mesmo absolvido na justiça, é condenado pela opinião pública. E na política vale o que o povo pensa e julga.

O LEMBRETE de que ‘os políticos precisam conversar mais com os eleitores e menos entre eles – procede! Daí que alguns políticos fingem ignorar a opinião das pessoas que vivem fora do ‘círculo mágico’ e querem a todo custo voltar ao ‘palco’ em 2022. Neste caso cai bem aquela velha frase: “eu sei o que vocês fizeram no verão passado”.

 INCÓGNITA: As eleições locais de 2022 dependerão do quadro nacional. Em 2018 houve o desalinhamento partidário – pois antes o presidente era eleito basicamente na disputa bipartidária entre PT e PSDB. Agora não se sabe qual o rumo de siglas fortes como o DEM, PP e MDB. A decisão delas mudará as pedras nos tabuleiros estaduais.

REFLEXOS:  Se o DEM, por exemplo, não caminhar com Bolsonaro, como ficaria a ministra Tereza Cristina? Sua candidatura ao Senado correria risco? Ela buscaria outro partido? 

 RETORNO:  Surpreendendo os observadores a notícia interessante da semana é a saída de Carlos Marum do Conselho da Itaipu Binacional. O ex-ministro deve ter planos para disputar a Câmara Federal pelo MDB.

PILULAS DIGITAIS:

O diabo é um otimista, se acha que pode tornar as pessoas piores do que já são. (Karl Kraus)

A política é um jogo de aparências, de consequências concretas. (Sergio Abranches)

A verdade em que você acredita determina seu caráter. (Arnaldo Jabur)

O conhecimento serve para encantar as pessoas, não para humilhá-las. (Mario S. Cortella)

Quantas coisas perdemos por medo de perder. (Paulo Coelho)

A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar. (Rubem Alves)

Estamos gritando desesperadamente para sermos observados, nos sentimos muito solitários (Leandro Karnal)

A felicidade vai ficando cada vez mais dura perto do topo. (Frederico Nietzsche)

Viagra. Fez mais pela humanidade do que 200 anos de marxismo (Luiz F. Pondé)

O capitalismo vende produtos não porque vende produtos, mas porque vende ilusões. ( Viviane Mosé-filósofa)

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