Sua excelência, Emídio Office boy, hoje jornalista!

O jornalista Emídio Denardi é, até hoje, o querido Scooby para os profissionais antigos. Nas redações pelas quais passei, era sempre “personagem” mais aguardado todos os dias. E isso, sem apelar para frase feita, pois literalmente era ”faça sol, faça chuva”. O apelido ele conta no texto de sua autoria, logo abaixo e, inclusive, qual foi a inspiração. Emidio, ao longo dos mais de 30 anos, atua na área de comunição da Prefeitura de Campo Grande. Abaixo a história do Emídio, o profissional de muitos amigos. (Fausto Brites)

Quando eu recebi o convite do jornalista Fausto Brites para contar um pouco da minha  história no portal Zero Um Press (www.zeropress.com.br). Fiquei muito feliz; aqui eu conto  como a profissão de jornalista surgiu na minha vida. De tanto conviver no meio  jornalístico que acabei me interessando pela profissão, para isso cursei comunicação  social entre 2003 a 2006. 

Minha história na comunicação começou na Rádio Educação Rural em 1979. Eu fui guarda mirim naquele período e, lá, eu trabalhava como officeboy. Quando eu não estava  na rua entregando documento ou fazendo cobranças eu ficava na recepção para atender o  telefone. Num dia desses, em 1979, a primeira dama Marilene Coimbra foi até a Rádio  Educação Rural, na época esposa do prefeito Albino Coimbra Filho. Eu precisava de um  óculos e fui até a prefeitura. Chegando na Prefeitura além de ganhar um óculos de  presente eu fui contratado para trabalhar na Assessoria de Imprensa na função de  Mensageiro. 

Na Rádio Educação Rural o diretor Dr. Airton Guerra que me acolheu bem. Trabalhando  na Prefeitura eu jamais deixei que ele ficasse sentado na recepção. Comigo ele sempre  teve atendimento Vip. Faço isso com todos, educação e respeito com todos é fundamental  para a vida. 

Na década de 1980, na prefeitura minha função inicial foi de ir todos os dias nos jornais  diários, pegar os jornais e entregar nas secretarias, todas concentradas no Paço Municipal.  Além de pegar os jornais eu fazia o recorte das notícias colava numa folha e entregava  para o prefeito ler. Isso foi feito com os Jornais Correio do Estado, Diário da Serra e  Jornal da Manhã, a gente está falando de alguns jornais que nem circulam mais. 

No período da tarde, lá pelas três horas da tarde, era a vez de entregar as notícias da  prefeitura para a imprensa. A gente chamava de boletim informativo, hoje chamado de  release. Este trabalho era feito de bicicleta. Nos dias de chuva um motorista me levava  para entregar o material nas redações.  

Eu entregava o material nas redações dos principais Jornais Diários, TVs, Rádios, Jornais  Semanários e Revistas, somados todos juntos na década de 80 chegava a uns 25 meios de  comunicação em Campo Grande. Lembrando que este percurso era feito de bicicleta. 

Uma tarefa que eu tinha que fazer de bicicleta e todos os dias eu tinha que percorrer pela  ruas de Campo Grande aproximadamente uns 30 km para entregar o material nas  redações.  

Depois de um tempo eu percebi que não era uma simples matéria que estava dentre do  envelope. Se tratava da história de Campo Grande, dos serviços públicos escritos por  grandes talentos do jornalismo e também as fotografias que eram feitas no filme e  reveladas. Eram fotos únicas, numa época fotografadas por Sebastião Guimarães, Roberto  Higa e Casemiro que eu ajuda revelar as fotos para entregar nos jornais. 

A vida deu uma melhorada aos 19 anos quando, em 1984 quando tirei minha habilitação  e comecei fazer o trabalho mais rápido. Da bicicleta passei fazer o trabalho de motocicleta  que melhorou para mim e os editores, pois o material da Prefeitura chegava mais cedo  nas redações.

Trabalhei com o jornalista Fausto Brites que na gestão do prefeito Lúdio Martins Coelho  (1983 a 1985) e trabalhamos na prefeitura. Nesse período o Assessor de imprensa foi o  Francisco de Lagos Viana Chagas. Esse assessor que providenciou a moto. Foi um grande  amigo sempre me deu apoio para estudar. 

Também não posso esquecer do Luiz Lands Reynoso de Faria que foi um grande chefe  com ele mudei de função passei a cuidar da parte administrativa e financeira da Assessoria  de Imprensa. Isso foi 1º de janeiro de 1986 até 31 de dezembro de 1988 (3 anos).  

Na segunda gestão do prefeito Lúdio Martins Coelho 1º de janeiro de 1989 até 31 de dezembro de 1992 (4 anos). O assessor de Imprensa foi Cristovão Silveira, no qual  trabalhei na parta administrativa e financeira da assessoria. Antes de terminar o mandado  do prefeito Lúdio Coelho eu fui trabalhar na 36 Zona eleitoral. Mais tarde, Silveira foi  eleito vereador fui trabalhar com ele na Câmara Municipal de Campo Grande. Quando  André Puccinelli assumiu voltei para a redação na função de secretário de redação. Eu  encaminhava os materiais via email. Para quem fazia de bicicleta melhorou muito com o  advento da tecnologia.  

Logo assumiu o prefeito Nelsinho Trad continuei trabalhando de auxiliando a redação  (secretário de redação). 

Em 2003 com incentivo da Marta Benedito, Denilson Pinto chefe de redação e da Bianca  Caruso ingressei na universidade para cursar jornalismo. Formei em 2006 e comecei  a escrever sempre supervisionado pela chefe de redação Mônica Ferreira de Souza. Minha  primeira matéria, me lembro até hoje, foi uma pauta de Jornalismo Rural. Uma matéria  que mostrava o potencial do Turismo Rural em Campo Grande. Me acompanhou nesta  matéria o fotógrafo Denilson Nantes (Secreta), que até hoje trabalhamos juntos. 

Na função de jornalista trabalhei com o prefeito Nelsinho Trad, Alcides Bernal, Gilmar  Olarte e atualmente trabalho com o prefeito Marquinhos Trad. 

Scooby esse foi um apelido que o fotógrafo Silvio Inácio me colocou. Num dia de  chuva lá íamos nós entregar o Boletim Informativo. Silvio foi comigo num fusca.  Entreguei o material no Correio do Estado, me molhei todo, entrei no carro, cabelos  grandes e castanho molhados. Para do nosso lado, uma caminhonete C1, com um cachorro  todo molhado na carroceria. O Silvio Inácio olha para mim, olha para o cachorro e grita: Scoobydoooo!!. Pronto o apelido pegou e, se não bastasse, o Silvio esparramou o apelido para  todas as redações. Fiquei com o apelido. Com o tempo foi esquecido. Mas o pessoal da  velha guarda não esquece. Nessa velha guarda tem Fausto Brittes, Roberto Higa, Denilson  Secreta, Marcos Eusébio, Carlos Lanteri, Benedito de Paula Filho e a Maria Aparecida  de Sousa (Cidinha). O apelido começou na administração do prefeito Levy Dias e se  estendeu até a administração do prefeito Lúdio Coelho. Como eu deixei de frequentar as  redações o apelido de Scooby foi esquecido.  

Formei na Uniderp em 2006 como faço parte do quadro de funcionários da Prefeitura  exerço a função de assessor de imprensa trabalhando na produção de matérias, dando  retornos e auxiliando a imprensa para divulgar os serviços da Prefeitura de Campo  Grande. Quem é concursado é um gestor público e tem a obrigação de divulgar matérias de interesse do público. Tenho um bom relacionamento com todos os secretários,  servidores atuais e das antigas e assim a gente faz um bom trabalho. 

A minha opção pelo jornalismo é porque eu gosto mesmo da profissão mesmo que não  seja uma profissão reconhecida, mas o jornalista busca a informação e torna público. Para  minha formação a universidade acrescentou muito, isso me permite ter uma noção do  jornalismo impresso, online, rádio e tv. 

Na Universidade a gente aprende muitas teorias, técnicas de entrevistas, como estruturar  um texto. Meu orientador de trabalho de conclusão de curso, Marcos Morandi me disse.  “Não vale nada ter teorias se não tiver educação. Portanto nas suas entrevistas, trate seu  entrevistado com educação”. Isso faço até hoje. 

Com este trabalho de ida nas redações diariamente, conheci o Fausto Brites e mantemos  a amizade até hoje, uma amizade de confiança mesmo. Sabemos de nossas histórias. 

O Fausto Brites sabe do meu compromisso com o trabalho e eu o chamo carinhosamente  de Bugrão, você também tem apelido. 

Foi assim de 1980 até 2021, lá se vão 40 anos de trabalho na imprensa.”

Texto: Jornalista Emídio Denardi

Fotos: Arquivo Pessoal

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